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domingo, 27 de junho de 2010

Enfim, futebol de verdade

Demorou, mas a Copa do Mundo começou pra valer. Ontem, sem brilhantismo e sem muita técnica, Uruguai e Gana passaram para as quartas-de-final ao vencerem Coreia do Sul e Estados Unidos, respectivamente.

Mesmo sem o sonhado desfilar de talentos, sobrou emoção. O eternamente aplicado Uruguai saiu na frente, deu mole, foi pressionado, cedeu o empate e aí se coçou. Saiu pro ataque novamente, voltou a ter razoável posse de bola, assustou os coreanos e desempatou com méritos.

Lugano foi o guerreiro de sempre. Não é nenhum Figueroa ou Ancheta. Tampouco Gamarra ou Hugo de Leon. Porém, tem garra pra por um pouco mais de sangue numa zaga, como a do meu Corinthians. William não é um mau jogador, mas, além de lento, é muito bonzinho.

No outro jogo de ontem, americanos e africanos foram pra prorrogação. Quem quer que ganhasse não seria surpresa. Deu Gana! Sem brilho, sem gana e sem futebol pra sonhar com no mínimo uma semifinal. Mas... em futebol, tudo pode acontecer.

Hoje, no primeiro jogo do dia, Alemanha e Inglaterra mostraram por que são considerados gigantes do chamado esporte bretão. Um jogão, com tática, técnica e emoção pra dar e vender.
Com estrelas mas sem conjunto, os ingleses esbarraram exatamente no oposto.

Bem armada, a Alemanha dominou o meio-campo e abriu 2 a 0 sem dificuldades. A Inglaterra reagiu, diminuiu e poderia ter empatado se a arbitragem não cometesse o erro incrível de não validar o gol de Lampard. A bola entrou cerca de meio metro e o juizão... "segue o jogo". Lembrou a Copa de 66.

O gol poderia mudar o rumo das coisas. Mas...Na segunda etapa a Alemanha matou o jogo em contragolpes fatais. Comprovou que tem time e individualidades pra chegar longe. Quem sabe ao título.

À tarde, o México ameaçou no início, mas a Argentina contou com a falha da arbitragem ao não assinalar impedimento de Tevez no primeiro gol. Foi o bastante para tomar o segundo e o terceiro antes de voltar a ser ofensivo e diminuir. Bem marcado, Messi pouco fez.

Contra a Alemanha, não há dúvida de que novamente veremos um grande jogo, com todos os temperos do velho futebol. Ouso dizer que cravaria 55% de possibilidades para os alemães, contra 45% dos meninos de Maradona. Por enquanto, ambos têm jogado mais do que o Brasil de Dunga.

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