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sábado, 29 de setembro de 2012

A Pirelli, o vôlei amarelo e o Sub-21

Quarta-feira à noite. Impossível deixar de sonhar acordado. Humanamente impossível não me lembrar de um clube de tanta história, de um vôlei de tantas conquistas maravilhosas.

Diretamente de Araçatuba, as imagens do SporTV mostravam o Campeonato Estadual de Vôlei Masculino. De um lado da quadra, um time de uniforme amarelo, o Vôlei Futuro; do outro, um de vermelho, o SESI de Murilo, Serginho Escadinha e Lorena.

O amarelo tinha o excepcional Ricardinho, que já foi considerado o melhor levantador do mundo. Mais do que isso, tinha no alto das costas um nome que já foi sinônimo de excelência no mundo do vôlei.

Minhas retinas visualizavam Ricardinho com imenso respeito, mas a imaginação viajou para a final do Campeonato Brasileiro de 30 anos atrás, contra a Atlântica Boa- Vista de Bernard, Bernardinho, Marcos Vinícius e cia.

Mas, sinceramente, ali, na TV,  Ricardinho ganhava a alma do capitão William.  Rapha era Montanaro, Polaco se transformava em Amauri, Guilherme Hage em Xandó...

Sob o imaginário comando de Brunoro, as imagens eram de Ronaldo, Maurício Jahú, Márcio Manfrin, Dênis, Emerson, Marcão, Boni, Décio... Não! Aquele uniforme amarelo não vestia os jovens Michael, Najari, Caio, Vini...

No "fardamento" amarelo,  um dos patrocinadores/apoiadores era o mesmo que nos deu o título de 82, o do Mundial Interclubes de 84 e tantos outros que hoje não passam de lembranças. Doces lembranças que nos entristecem pela dura realidade do esporte andreense.

Estilizado, como nos bons tempos, o nome Pirelli é capaz de fazer sonhar. Só que a realidade imposta pelo descaso do Poder Público e de possíveis parceiros nos mostra o histórico vôlei de Santo André fora da elite, a disputar o invisível Sub-21 estadual.
Em 15 jogos, 15 derrotas. Que beleza!

Com base na Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, há quase dois anos  a nossa Pirelli abate ICMS investindo em projetos sociais e no alto rendimento da distante Araçatuba. Vejam só! Triste sina!

Falta boa vontade dos executivos da Pirelli com o esporte doméstico ou  nossos nobres dirigentes esportivos públicos não se deram ao trabalho de propor parceria a quem tem o respaldo da história? Ou falta disposição dos dois lados?  

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