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sábado, 8 de setembro de 2012

Ramalhão sem torcida, sem futebol e sem técnico

Parece que o Santo André resolveu ser solidário com a torcida. Talvez um pacto para morrerem abraçados. Enquanto o torcedor não entrar no ainda interditado Estádio Bruno Daniel o time não entra em campo.

Se entra, não joga bem e dá vexame. Agora há pouco, foi assim. E a derrota de 3 a 0 para o Brasiliense custou a cabeça do técnico Claudinei Peixoto, que nos últimos 12 pontos disputados ganhou apenas um.

Junto aos portões de acesso, antes, durante e depois do jogo, a torcida se manifestou contra Aidan e Ronan. Com razão! Ao menos fora das quatro linhas, o prefeitão e o todo-poderoso "dono" do Saged são dois dos maiores culpados pela situação delicada do Ramalhão no Brasileiro da Série C.

O terceiro é o próprio time, que resolveu não entrar em campo. Isso mesmo! O Santo André até que se empenhou um pouco mais no segundo tempo, mas no primeiro simplesmente não jogou nada.

Um time incompetente, que não honrou uma camisa de tanta história e tantas conquistas. Ex-técnico também tem parcela de culpa na situação porque demorou para agir.

Em 25 minutos o Ramalhão já perdia de 3 a 0 (Rafael, Baiano e Jorge Henrique) de um Brasiliense com cara de mandante. Bem organizado, num 4-3-3, o time do estreante Márcio Fernandes mantinha uma linha quatro zagueiros, dois volantes, um terceiro com chegada (Ruy Cabeção) e três atacantes, com destaque para a movimentação e a inteligência do jovem Ferrugem.

Já o Santo André era um arremedo de time de futebol. Apático, sem atitude e desorganizado nos três setores. Sem poder de criação e tampouco infiltração, o meio-campo poderia ao menos ser mais eficiente na marcação.

Que nada! Dava espaços em demasia. Não bloqueava as ações centrais nem as laterais, isolando o ataque e expondo uma defesa lenta, mal posicionada e sem eficiência na cobertura. Como se não bastasse, em momento algum se notou o dedo do treinador.

O Ramalhão voltou para a segunda etapa mais ofensivo e mais disposto -- não dava para ser menos --, mas com os mesmos limites ofensivos e erros de posicionamento, dando espaços para o Brasiliense administrar o jogo ou contra-atacar sempre com superioridade numérica.

Sem força e sem técnica, o Santo André só chegou duas vezes com real perigo ao gol. Já o Brasiliense se deu ao luxo de perder pelo menos quatro oportunidades nos contragolpes. Motivo suficiente para irritar o técnico Márcio Fernandes.

Pelo que não jogou, não seria surpresa se o Santo André levasse de seis. Pelo que não mudou e pelo que o time não vem apresentando nos últimos jogos, não foi surpresa a demissão do treinador. Pra ser sincero, ele parecia demitido aos 25 minutos.

Pior: em jogo de seis pontos, o Santo André se omitiu e agora, com apenas 12 pontos ganhos e perigosos 36,4% de aproveitamento, está em nono lugar, na zona de rebaixamento à inimaginável Série D. Ainda bem que o torcedor não viu!

Só faltam sete rodadas e o próximo jogo será domingo, no Serra Dourada, diante do Vila Nova, terceiro colocado do Grupo B com 17 pontos ganhos e aproveitamento de 51,5%.

Em tempo: árbitro Leandro Hermes, do Paraná, foi um dos destaques do jogo de hoje à tarde. Discreto e quase perfeito. Bem diferente da maioria das arbitragens desastradas das Séries A e B.

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