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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Acredite! Foi melhor perder!

Se estou triste? Absolutamente, não! Intencionalmente, assim encerrei o texto anterior.
Por quê? Simplesmente porque foi a melhor coisa que aconteceu para o futebol brasileiro. Sim! A derrota foi a melhor coisa que aconteceu para que nosso futebol seja repensado. Vitória e manutenção do sonho do hexa seriam escudo para falhas conceituais acumuladas.

Nossos conceitos, nossa filosofia de jogo e nosso jeito de ver e jogar futebol devem olhar para o passado se não quiser viver apenas e eternamente de conquistas passadas. Para o bem de futuras gerações, o futebol metódico, de resultado, deve ser revisto, reciclado, rediscutido à exaustão.

Imaginemos a situação: a Seleção de Dunga campeã do mundo poderia até representar mais uma conquista, mas para o futebol brasileiro seria um grande engodo. Nossos meninos, nossas categorias de base, nossos técnicos teriam como referência inevitável o esquema, a maneira de jogar que deu resultado.

A derrota, com a consequente desclassificação, vai fazer com que ao menos paremos para pensar no que é melhor para os próximos anos. Afinal, com este futebolzinho quadrado, aonde podemos chegar na Copa de 2014. Sem arte, econômico em emoções. Falta a essência da bola.

Já não há tanta alegria. Contra-atacar e vencer por 1 a 0, sem emoção, é muito mais importante. A beleza cativante, que vai empolgar a criança, o adolescente, o jovem e o adulto, além de reavivar e encantar a memória do idoso... Ah! Pra quê, ? Besteira! Vale o momento! Valem os euros desta geração.

Por que será que a irreverência do Santos campeão paulista fez tanto sucesso? Cativou santistas, corintianos, palmeirenses. E quase nada mudaria se a terceira geração dos Meninos da Vila perdesse do Santo André na final. Ao menos pra quem gosta de futebol leve, solto. Bem diferente do pregado e exigido pelo general perdedor, mais conhecido como Dunga, o humilde.

Campeonato Brasileiro volta logo logo. E aí vamos ver o que acontece. Até que ponto a arte será renegada? Será que nossos meninos vão exaltar o nome de Messi ou terão como referência a alegria de Neimar, Ganso, André, Dentinho, Hernanes, Juliano e tantas outras promessas de malas prontas para brilhar na Europa?

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