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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Palavras ao vento e moeda de troca

Edição do último domingo do Diario do Grande ABC, braço direito da Prefeitura de Santo André, traz entrevista do diretor de Esportes Almir Padalino.

Para justificar o vexame do rebaixamento à Segunda Divisão dos Jogos Regionais, o dirigente lança mão da poderosa assessoria de imprensa e desfila frases feitas, capazes de enganar apenas leitores mais incautos, pouco familiarizados com os subterrâneos do esporte.

Questionado (?) pela repórter sobre novos investimentos para disputar a Segundona dos Jogos Abertos, de 1º a 14 de novembro, em Santos, o professor disse:"Não vamos mudar o planejamento. Vamos continuar trabalhando as categorias de base, algo que havia sido esquecido por muitos anos".

Indagado sobre a participação ridícula nos Regionais do Guarujá, quando ficou no "honroso" sétimo e penúltimo lugar, o professor foi "brilhante", mais uma vez: "Tivemos bons resultados, como o título inédito do basquete masculino sub-21, cinco vice-campeonatos e três terceiros lugares, desempenho que honrou (?) a tradição da cidade".

Instado a falar sobre seu futuro à frente do Departamento de Esportes, o professor, de novo, sinônimo de confiança: "Não tenho receio porque as conquistas (?) do esporte andreense nos últimos 18 meses são mais relevantes que as dos últimos 10 anos". Que resultados, professor? Me engana que eu gosto! Será que todos somos imbecis?

Sem contestar, provavelmente por desconhecer ao menos um terço da verdade, a repórter se limitou a transcrever as respostas bem pensadas e evasivas do professor. Tudo como manda o figurino da boa assessoria de imprensa.

Uma pena! O professor falou o que quis. Palavras ao vento! Mentiu, omitiu, deturpou, desviou, derrapou e não respondeu por que Santo André está no fundo do poço do esporte de alto rendimento. E ainda se acha no direito absurdo de comparar "conquistas". Ultimamente, só perdemos.

Esperemos os Jogos Abertos! Sem a certeza de que até lá o professor ainda estará com a aparente bola toda. É muita desfaçatez. Mas... Quem sabe mais uma viagem para os Estados Unidos na primeira quinzena de novembro?

Tanto que já se especulam vários nomes para assumir o comando de um esporte antes afortunado, hoje órfão, à procura de um poder que ao menos o respeite. Sem jogo de palavras. Sem conversa fiada. Sem transferência de responsabilidade.

Se não for Mizinho, dizem que pode ser Luizinho ou Ivinho. Talvez Celsinho, Leozinho I ou Silvinho. Não se surpreendam se o possível novo diretor for indicado por quem está do outro lado da avenida: Juninho, Alemãozinho e Leozinho II são os candidatos mais cotados.

Façam suas apostas! Difícil saber se a escolha será do rei Ronan ou do rei Aidan. Fácil deduzir que há sério risco de o escolhido não ter nada a ver com esporte. E muito a ver com mais um conchavo político. De novo, o esporte corre o sério risco de não passar de simples moeda de troca política.

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