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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A forca, o carrasco e a bala de prata

Manchete interna do Caderno de Esportes do DGABC de hoje: "Na zona de degola, Ramalhão deixa  campo comemorando o empate".

Em Caxias do Sul, logo após o empate de 0 a 0, alguns jogadores do Santo André não chegaram a soltar rojões, mas falaram em dever cumprido ( parar o Caxias) e na possibilidade de decidir em casa ( no final de semana, contra o Duque de Caxias).

Não é bem assim, na minha visão. Por quê? Simples! Primeiro,  o Santo André tem 18 pontos ganhos, só três vitórias  e espantosos nove empates; está em nono lugar,  na zona de degola da Série C do Brasileiro.

Segundo: só faltam duas rodadas; portanto, apenas seis pontos em jogo, e a possibilidade improvável de se atingirem 24 pontos ganhos e cinco vitórias, fator que pode definir o rebaixamento.

Terceiro: próximos adversários do Ramalhão são o agora quinto colocado (Duque de Caxias) em "casa" (?) e o líder Macaé fora.  Portanto,  tarefas difíceis.

Quarto: como não depende apenas de si, o Santo André não vai decidir em casa. Pelo menos na expectativa otimista, já que está um ponto atrás do Madureira e dois  atrás de Vila Nova e Brasiliense.

Quinto: pelo contrário, decisão, se acontecer, vai ser para o mal. Seria a antecipação do o ápice do enforcamento encaminhado há bom tempo. Depende da combinação de resultados.

Ramalhão cai para a Série D já neste final de semana se perder em casa e o Madureira vencer o Chapecoense em casa, e  Vila Nova e Brasilense no mínimo empatarem com Macaé (em casa) e Caxias (fora), respectivamente.

Sexto: mesmo que vença e o Madureira perca, o Santo André ainda não se livra. Ficaria com 21 pontos, apenas dois a mais que o time carioca. Portanto, tudo ficaria para a última rodada, dia 27.

Só pra lembrar, inisitir mesmo, no grande perigo: representante do Grande ABC pega o líder e sempre regular Macaé fora de casa. Aqui, perdeu de 3 a 0.

O site Chancedegol apresenta o Santo André com 52,8% de possibilidades de cair. O oitavo colocado do Grupo B, Madureira, aparece com 35,7% e o lanterna Tupi com 99,2%. Vila Nova (6,2%), Brasiliense (6,1%) e Duque de Caxias (0,04%) vêm a seguir.

Moral de história:  a forca está montada em praça pública, com direito a cadafalso, corda e  aquele nó monstruoso, cada vez mais apertado. Carrasco (ou carrascos?) está (ão) a postos. Providencialmente, sua (s) cabeça (s) está (ão) coberta (s).

Com todo o direito, talvez os  dirigentes  do Santo André se apeguem ou ainda acreditem na flechada certeira, salvadora,  do melhor arqueiro do rei. Ou naquela bala de prata do mascarado montado no cavalo branco.

Era uma vez um nó! Ou um carrasco! Sonhar não é proibido. Mesmo pra quem está no bico do corvo, à espera da extrema-unção.

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