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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Enfim, um Brasil com cara de Brasil

Gostei!Finalmente, a Seleção Brasileira ficou bem perto daquela saudosa e empolgante escola de futebol que já foi considerada a melhor do mundo. Nem precisou ser excepcional.

Bela e autoritária goleada de 4 a 0 -- poderia ter sido seis -- sobre o Japão, agora há pouco na Polônia, apresentou um Brasil convincente nos três setores.

Além de jogar bem e dar poucas oportunidades ao Japão, a Seleção Brasileira mostrou a cara que o apaixonado e exigente torcedor quer ver. Nada de defensivismo exacerbado ou ofensivismo irresponsável e enganoso. O time foi um todo, do começo ao fim.

Japão é bem mais forte do que Iraque, China e África do Sul. Não está no patamar de Argentina, Espanha, Alemanha e cia top, mas já sabe jogar. Tem boa movimentação global, rapidez e toque de bola de bom nível.

Vitória da equipe escalada por Mano Menezes foi consequência de esquema bem montado e equilibrado. O 4-2-2-2 teve variações flagrantes durante os mais de 90 minutos.

Chegou a ter  quatro ou três zagueiros, já que pelas laterais apenas Adriano subia. O improvisado Leandro Castan ficava. Chegou a ter dois volantes, mas, de posse de bola, sempre liberou Paulinho ou Ramires, que chegam com desenvoltura.

Dos meias, os dois foram mais atacantes do que armadores. Inclusive Oscar. Kaká, mais pela esquerda, de novo foi bem. E desta vez o adversário não era um bêbado. Se movimentou a contento, mandou bola na trave e fez gol. Assim como Neymar (2) e Paulinho.

Pela direita, Hulk atacou e ajudou a marcar, enquanto Neymar, mesmo sem brilhantismo individual (nem sempre produtivo), teve mais espaços para se movimentar e contra-atacar, já que o Japão não foi ostensivo na marcação e ficou desprotegido.

Marcação avançada e recomposição defensiva do Brasil também devem ser valorizadas. Bola perdida, lá estavam pelo menos sete/oito jogadores brasileiros para dificultar as ações dos japoneses. A começar por meias e atacantes.

Enfim,  um Brasil com cara do Brasil de outros tempos. O grupo de Mano Menezes apresentou futebol mais solto e esquema mais definido, bem ao gosto do torcedor brasileiro. Mesmo correndo riscos de sobressaltos, como vai acontecer diante de outros bichos-papões. E daí? O perigo faz parte do jogo.

Não quer  dizer que um volante mais pegador e com boa saída de bola, ao estilo de Ralf ( o Busquets do Barcelona e da seleção espanhola), e um centroavante matador, de referência, como Luís Fabiano, não devam ser convocados.

Certamente,  seriam novas opções para equilibrar ou mudar o panorama de um jogo mais pegado e/ou truncado. Como vai acontecer na Copa das Confederações e na Copa do Mundo.

Não me lembro há quanto tempo a Seleção Brasileira não faz 20 gols (dois na Argentina, oito na China, seis no Iraque  e quatro no Japão) em quatro jogos. Talvez na Copa de 50? Isso é bom para a beleza do futebol e para a auto-estima do torcedor brasileiro.

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