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terça-feira, 16 de outubro de 2012

E o tiro do Ceará saiu pela culatra

Por meio de liminar, o Ceará vetou a escalação do árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento, em litígio judicial com um dirigente do clube, para apitar o jogo diante do São Caetano, agora há pouco no Anacleto Campanella.

Por isso, em cima da hora, a responsabilidade sobrou para o quarto árbitro, o paulista Rodrigo Braguetto. Resultado poderia tirar o Azulão do G-4, já que à tarde o Atlético Paranaense venceu o Avaí e assumiu, temporariamente, o quarto lugar na Série B do Brasileiro.

Quis o destino, no entanto, que a arbitragem fosse decisiva a favor do time de Émerson Leão,  que ganhou de 2 a 0. Foram dois erros capitais. Em lances muito difíceis, diga-se.

No primeiro, Marcelo Costa parecia impedido ao fazer 1 a 0, de cabeça, logo aos 11 minutos, quando o Azulão ainda era superior e o nervosismo não prevalecia.

No segundo,  aos 34 minutos do segundo tempo, a arbitragem entendeu que a cabeçada que decretaria o empate do Ceará não entrou, mas a TV mostrou que a bola já havia transposto totalmente a linha quando Gabriel salvou.

Em seguida,  Marcone acertou um canudo de fora de área, no ângulo direito de Dionatan, e fez 2 a 0, decretando a importante vitória.

No todo, de novo o São Caetano não foi bem.  Não convenceu nem no bom sistema defensivo. Só dominou nos primeiros 20 minutos. Resultado mais justo seria a igualdade, porque na segunda etapa o Ceará saiu pro jogo franco, adiantou as linhas de marcação  e foi  bem melhor.

Se em Joinville o técnico Emerson Leão acertou ao optar pela humildade do cuidadoso 3-5-2 com cara de 5-3-2, ontem, em casa, a opção foi o 4-2-2-2. Acertou mais uma vez, mas o esquema não funcionou porque  Éder ficou a dever, de novo. Assim como os laterais (presos) e os atacantes.

Tanto que, ao ver seu time dominado, Leão fez duas alterações logo aos 13 minutos do segundo tempo: Somália no lugar de Leandrão (troca de seis por meia dúzia que não deu em nada) e Marcone no posto de Éder.

Mesmo  no 4-3-1-2, com três volantes e apenas um meia, o São Caetano não melhorou o suficiente. Nem depois dos 25 minutos, quando Geovane entrou no lugar do  esforçado Danielzinho.

Azulão foi pressionado e passou a ser dominado, acuado, porque não conseguiu marcar as subidas do rápido lateral-direito Apodi e tampouco as chegadas dos meio-campistas. Ao contrário de Leão, PC Gusmão colocou o Ceará no ataque, inclusive com meia no lugar de lateral, mas não foi feliz.

O tiro da cartucheira cearense saiu pela culatra. O São Caetano não tem culpa. Se mantém no G-4 com um ponto a mais que o Atlético Paranaense e sexta-feira joga em Barueri.

O limitado Barueri está caindo, mas o momentaneamente pouco convincente e ansioso Azulão não pode vacilar. Cheiro de dificuldades. O que não é novidade.

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