Finalistas da Liga dos Campeões da Europa começam a ser definidos hoje e amanhã. No Allianz Arena, agora há pouco, com méritos, o Bayern de Munique enfiou 2 a 1 no Real Madrid.
Time alemão deu passo importante para chegar à finalíssima, mas no jogo de volta, em Madri, o ligeiro favoritismo fica com os espanhóis dirigidos pelo marrento José Mourinho.
Vitória e empate dão a vaga para o Bayern, assim como derrota por 3 a 2, 4 a 3 e por aí vai. Resultado igual ao de hoje leva a decisão para os pênaltis. Se ganhar por 1 a 0, o Real se classifica.
Se jogar o que não jogou hoje, pode tirar o cavalo da chuva. O Real Madrid vai penar para superar um adversário aplicadíssimo na redução de espaços e sem medo de atacar quando retoma a bola.
No 4-3-3, o Bayer começou mais ousado, principalmente com Ribéry, pela esquerda, e exerceu domínio estéril. Em seguida, permitiu que o Real crescesse e tivesse mais posse de bola.
Quando encaixou a marcação sobre Ozil, o Bayern voltou a mandar no jogo e fez 1 a 0aos 17 minutos com Ribéry aproveitando rebote da zaga após escanteio da esquerda.
Bem marcado e sem criatividade, o Real saiu para o ataque, mas não teve sentido de penetração. Só chegou em chutes longos ou nas bolas "paradas".
Se arriscou, fez faltas duras e ainda deu espaços para que o Bayern oferecesse perigo em contra-ataques em velocidade pelas beiradas do campo.
No segundo tempo, o Real manteve a linha de quatro zagueiros, além dos dois volantes e dois meias de aproximação. No ataque, Benzema e o apagado Cristiano Ronaldo pouco conseguiam.
Apagado, mas não morto! Tanto que ao oito minutos, após perder gol certo, o ídolo português serviu para Ozil fazer o gol de empate. Sistema defensivo alemão vacilou feio. Ficou assistindo.
A partir daí, o Bayern foi melhor. No 4-3-3, manteve a solidez defensiva -- com raríssimas exceções --, dominou o meio-campo e saiu para o ataque com rapidez, tanto com os laterais quanto com volante (o brasileiro Luiz Gustavo) e os meias.
Aos 15 minutos, Miller entrou no lugar de Schwensteiger e foi jogar aberto na esquerda. Ribéry veio para mais perto de Robben, pela direita, sobrecarregando o lateral português Fábio Coentrão.
Com o apoio da torcida, o Bayern manteve a marcação pegajosa -- às vezes dobrada -- e melhorou muito ofensivamente. Mourinho tentou acertar a armação e a marcação do meio-campo com Marcelo no lugar de Ozil e depois Granero no do cansado argentino Di Maria. Não deu certo!
Melhor assessorado, por aproximação, e mais acionado, Mario Gomez teve outras três oportunidades -- uma delas, aos 25 minutos, imperdível -- até fazer o gol da vitória, aos 44 minutos.
Lawm fez grande jogada pela direita, passou por Coentrão e cruzou rasteiro, do fundo; o artilheiro apareceu às costas de Pepe e marcou. Foi premiado pela persistência.
Assim como o brasileiro Marcelo deveria ser "premiado" com o cartão vermelho depois de entrada maldosa em Miller. Era caso de B.O. e pena de 171 cestas básicas a idosos necessitados.
Vitória merecida de quem, empurrado por 66 mil torcedores, se aplicou do começo ao fim e não teve medo de ser surpreendido nos contragolpes ou por uma jogada individual de Cristiano Ronaldo.
Amanhã, em Londres, o duelo da outra semifinal será entre Chelsea e Barcelona. Mesmo sem o brasileiro David Luiz, lesionado, o time inglês é forte e não deve ser presa fácil.
Mesmo com o Barça contando com o excepcional Messi e sendo considerado o melhor time do planeta, a tendência é de jogo equilibrado.
A constelação de estrelas do técnico Guardiola faz brilhar o conjunto e é favorita por desfilar talentos, plasticidade técnica, ofensividade permanente e toque de bola envolvente.
Porém, prega respeito porque sabe que vai encontrar um Chelsea disposto a marcar em cada centímetro do campo, além de não abdicar de contragolpes fatais.
Na quinta-feira, pela Liga da Uefa, as semifinais começam com Sporting x Atlético de Bilbao e Valência x Atlético de Madrid. O time de Bilbao, dirigido pelo argentino Marcelo Bielsa, tem sido brilhante. Dá gosto de ver! Desde que não seja no Campeonato Espanhol.
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