Se você tivesse de escolher apenas uma opção, assistiria à final da Liga dos Campeões, dia 19 de maio em Munique, ou à da Liga Europa, dia 9 próximo em Bucareste?
Sem medo de errar, garanto que eu estaria na capital da Romênia para ver o duelo dos Atléticos espanhois, entre Madri e Bilbao, donos de um futebol mais moleque e alegre.
Mesmo rotulada de espécie de Segundona da Liga dos Campeões, a às vezes desprezada Liga Europa tem apresentado jogos interessantíssimos, que não ficam a dever em absolutamente nada aos bambambãs da elite.
Pelo contrário! Lógico que respeito o contraditório, mas, na minha opinião, as semifinais da Liga Europa superaram em técnica e em emoção as da Liga dos Campeões.
Assisti a muitos jogos e fiquei mais impressionado com os belos duelos entre Atlético de Bilbao x Sporting e Atlético de Madrid x Valência.
Foram quatro jogos francos, com muitos gols, aplicação, ousadia e emoção do começo ao fim. Tudo com o tempero de uma certa irresponsabilidade defensiva, privilegiando-se a busca incessante pelo gol.
Analisando-se os oito jogos, a pomposa e endeusada Liga dos Campeões ficaria para segundo plano. E, por mais paradoxal que possa parecer, entendo que o futebol do melhor time do mundo foi um dos culpados devido à momentânea incompetência no ato de criar, penetrar e finalizar.
O aplicadíssimo Chelsea da Inglaterra chegou à decisão com méritos, mas, pra quem gosta de arte, ofensividade e emoção, seria mais bonito e interessante o Barcelona de Messi, Iniesta, Fabregas, Xavi e cia.
O outro finalista é o Bayern, um time que não foge do pau, gosta de atacar e vai ser empurrado pela torcida. Lógico que o time inglês de novo vai priorizar a defesa e especular em contragolpes lotéricos.
O Bayern de estrelas como Ribery, Robben, Mario Gomez, Neuer e Schweinsteiger é ligeiramente favorito após superar o forte Real Madrid de Cristiano Ronaldo, Ozil e kaká. O Chelsea vai depender muito do goleiro Petr Cech, do volante Lampard e do atacante Drogba.
No jogo de Bucareste não há favorito; prevalece o equilíbrio. Não tenha dúvida de que os espanhois vão pro pau desde o primeiro minuto. Ninguém vai ter medo de perder.
O Bilbao do argentino Marcelo Loco Bielsa é uma máquina mortífera na hora de atacar. E uma peneira suicida quando sofre de amnésia pontual e negligencia o sistema defensivo.
Já o Atlético de Madrid não é nenhum exemplar raro de ferrolho à italiana, mas seu exercício defensivo dá pro gasto. Ofensivamente, chega com desenvoltura, rapidez e periculosidade quase sempre fatal.
Se, de um lado, o time de Madri tem o brasileiro Diego e o artilheiro colombiano Falcão Garcia, do outro, o de Bilbao tem Muniain na armação e Llorente letal no pivô e nas conclusões, tanto aéreas quanto "terrestres".
Quer saber? Sem descartar o imponderável que cerca e mantém viva a graça do futebol, aposto que a final do dia 9 vai ser melhor, mais emocionante e com mais gols.
Como aposentado e apaixonado por esporte, vou assistir às duas decisões. Mas não estarei na Alemanha para ver Bayern x Chelsea quando preferia Barcelona x Real Madrid. Tampouco na Romênia.
TV aqui de casa pega bem, a imagem é boa e ninguém me tira da frente dela nos dias 9 e 19 de maio. Meu cantinho é sagrado! Nele, mesmo sem os semideuses Messi e Cristiano Ronaldo, vou analisar lance a lance e postar minha opinião.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário