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terça-feira, 27 de março de 2012

As faixas da discórdia

O título deixa dúvida: faixa de trânsito ou faixa promocional? Faixas para dar segurança e facilitar a vida dos pedestres ou faixas de políticos à caça de visibilidade em ano eleitoral? Então, por que não falar das duas?

Primeiro sobre as de pedestres. Prefeitura de Santo André não vai dar o braço a torcer, lógico, mas fez besteira nas avenidas Queiroz Filho e Valentim Magalhães, além de na rua Pedro Américo.

Departamento de Trânsito prega e lança o programa Travessia Segura ao mesmo tempo em que coloca faixas de pedestres exatamente de frente para as guias rebaixadas, desembocando em garagens.

Intenção pode ter sido das melhores, mas, independentemente da orientação do Código Nacional de Trânsito, faltou bom-senso a especialistas em implantar sem pensar. Basta o mínimo de inteligência!

Qualquer carro ou moto, com condutor irresponsável ou desatento -- já que precisa olhar pra direita, pra esquerda e pra frente ao sair da garagem --, pode atropelar quem passa pela calçada e ainda corre o risco de vitimar também quem escolheu para atravessar a rua onde manda a lei, na faixa.

Será que é tão difícil pensar além do famoso e limitador quadradinho? Será que os "entendidos" construiriam uma passarela até a metade da avenida? Será que um viaduto desembocaria, sem semáforo, no trilho do trem?

É melhor não duvidar! Estamos falando de servidores públicos (ou terceirizados de plantão) com QI acima de qualquer suspeita. Dava pra evitar, né?

As outras faixas da discórdia citadas no início do texto foram colocadas ali no cruzamento da rua Oratório com a professor José Franco, diante restaurante do Allan, o Frangasso, ao lado da Jocker Audio Car -- loja de som e acessórios automotivos do meu filho Fábio.

São duas faixas referentes à simples, trivial, instalação de semáforos: "A população de Santo André agradece ao dr. Aidan e ao vereador José de Araújo pela sinalização" -- diz a primeira.

A segunda, colocada abaixo, em seguida, rebate o aparente abuso de políticos parceiros: "A população não agradece a ninguém!! Isso é obrigação. Nós pagamos um absurdo de impostos".

Não me interessa quem colocou, mas, como prestador de serviços, microempresário e cidadão andreense, sou totalmente contra a primeira faixa. Portanto, a favor da segunda.

Respeito o prefeitão do PTB, mas não lhe devo absolutamente nada. Por isso sou apenas mais um fiscal do Aidan. Afinal, sem rabo preso, fiscalizo o prefeito e para o prefeito. Qual o problema?

Também respeito o veterano vereador do PMDB fincado no segundo subdistrito e presidente da Câmara Municipal, José de Araújo, mas jamais necessitei de seus favores, eleitorais ou não.

Portanto, por favor, me incluam fora desta "população". Não faço parte do cordão de puxa-sacos tão caraterístico em época de cabos eleitorais à caça de votos para o protetor de plantão em troca de cargos na administração pública.

Coincidência ou não, durante a instalação dos semáforos, cuja solicitação deve chegar a uma década, duas assessoras do presidente da Câmara estiveram na Jocker para divulgar a "grande conquista do vereador, para o bem da população e dos comerciantes da região".

Conquista? Favor? Me engana que eu gosto, nobre edil? Vocês todos, vereadores, ainda nos devem muito. Por isso eu assinaria a faixa de baixo, a segunda, a contestadora.

Não garanto, mas tenho quase certeza de que a de cima foi obra ou tem o dedo da "nobreza" que nos considera imbecis.

Não acredito, pelo que o conheço, que Aidan Ravin tenha solicitado a faixa do endeusamento. Talvez, no máximo, tenha endossado para depois, à la Lula, dizer que não sabia.

Outra coincidência ( não é insinuação!) é o fato de terem sido colocadas bem próximas, defronte ao escritório político do vereador Marcelo Chehade, do PSDB. E há quem diga que foi coisa do Pinheirinho, aquele da bicicleta.

Quer saber? Independente de político ou partido responsável -- PTB, PMDB, PSDB, PT, todos são muito semelhantes na incompetência como gestores do bem público --, tudo não passa de mera propaganda pessoal em ano eleitoral. Agora, todo mundo é o pai da criança. Como se fosse a oitava maravilha do mundo.

Depois de aparecerem no Facebook, faixas da discórdia foram retiradas na segunda-feira. Que pena! Nem deu tempo de eu assinar a segunda. Aposto que meu filho também assinaria.

DE PRIMEIRA

*** Por falar em PMSA, e em trânsito, ainda não entendi por que não existe nem ao menos um aviso de estreitamento de pista no viaduto de acesso à Perimetral, ali junto ao DGABC.

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