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terça-feira, 27 de março de 2012

Handebol sonha com medalha e vaga

Momentos das seleções brasileiras de handebol brasileiro são bem distintos. Enquanto a feminina ratifica evolução com solidez e já está nos Jogos Olímpicos de Londres, a masculina patina e tem tarefa dificílima para se classificar no Pré-Olímpico Mundial.

Comandadas pelo dinamarquês Morten Soubak, as meninas acabam de completar série de três amistosos exatamente onde vão acontecer as disputas de handebol da Olimpíada.

Foram dois empates-vitórias diante da fortíssima Noruega e uma vitória pouco significativa diante de uma Grã-Bretanha sem tradição na modalidade -- 30 a 18.

Diante das campeãs europeias, mundiais e olímpicas foram duas igualdades tão expressivas quanto motivadoras: 25 a 25 e 29 a 29. Mais importante: jogando de igual para igual.

Duda Amorim, ex-Santo André e hoje na Europa, foi um destaques nos amistosos. Única representante do Grande ABC é Moniky Bancilon, da campeoníssima Metodista/São Bernardo.

Segundo avaliação de Morten Soubak, a Seleção Brasileira foi convincente e está no caminho certo para chegar à primeira medalha olímpica de sua história. Vejo como pouco provável, mas não custa sonhar.

Ressalvas à falta de paciência e ao excesso de passes errados -- quase sempre sinônimo de transições consistentes e contra-ataques fatais --, o treinador está otimista.

Como palpiteiro de plantão, entendo que, além de muito treino, uma das disciplinas obrigatórias até chegar a Londres é competência emocional. É primordial que o trabalho psicológico seja valorizado ao extremo. Pode ser o diferencial a favor.

Independente das belas atuações e do quinto lugar da seleção no Mundial de São Paulo, nossas meninas, em todas as categorias, de todos os campeonatos, abusam da instabilidade emocional. Oscilam demais, se desconcentram e, sem controle nervoso, perdem jogos ganhos.

Enquanto nossas meninas sonham com medalha, as feras do masculino têm tarefa indigesta. Medalha de prata no Pan de Guadalajara, no México, atrás da Argentina, o Brasil disputa uma das duas vagas do Pré-Olímpico da Suécia.

Na Gotemburgo, de tão doces lembranças para o futebol brasileiro campeão mundial em 58, brasileiros enfrentam os anfitriões -- quarto lugar no Mundial de 2011 -- no dia 6 de abril.

No dia seguinte o adversário do time comandado pelo espanhol Javier Garcia pega a não menos forte Hungria, sétima colocada no último Mundial. O terceiro jogo será dia 8 contra a Macedônia, que não participou do Mundial em que o Brasil terminou em 21º.

Como se vê, são duas vagas para quatro países, mas não vai ser nada fácil para o
grupo composto por 16 jogadores, cinco da Metodista: Andrey, Teixeira, Tupan, Chiuffa e Vinícius.

Treinos no Ginásio Noêmia Assumpção -- homenagem a uma das maiores atletas brasileiras de todos os tempos --, em Santo André, vão até amanhã, quando a delegação segue para amistosos na Tunísia.

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