Juro que ainda não consegui definir com certeza cravada o que aconteceu ontem à noite em Guaratinguetá.
Com méritos indiscutíveis, o São Caetano ganhou de 1 a 0 e assumiu a quinta colocação da Série B com 15 pontos ganhos e 55,5% de aproveitamento.
Porém, mesmo aumentando a invencibilidade de Sérgio Guedes para seis jogos, o Azulão voltou a voar com instabilidade nada aconselhável para quem sonha com o acesso.
O início do vôo, logo após a decolagem, foi típico de turbulência. Bem pior do que a instabilidade tolerável demonstrada até o final do primeiro tempo.
Equipe da região levou um sufoco danado até os 15 minutos, quando o Guará desfilou em alta velocidade pelas laterais e às costas dos volantes, e criou três oportunidades de gol.
E o São Caetano passivo, só assistindo, sem reação que ao menos o levasse a marcar melhor, armar e atacar com o mínimo de organização.
Tanto que só ameaçou uma vez, aos 23 minutos, com Leandrão cabeceando para bela defesa de Saulo após levantamento de Diego, da esquerda.
Mesmo com menos ímpeto, o time do técnico Pintado voltou a criar três boas oportunidades de gol dos 30 aos 46 minutos.
Já a segunda etapa do vôo do Azulão foi sinônimo de tranquilidade. Com o dedo do comandante Guedes. Sem se incomodar com o espaço aéreo de um inimigo agora inofensivo, o São Caetano foi totalmente diferente.
Simplesmente, engoliu um adversário agora perdido, desorganizado e sem forças. Bem típico de quem está na zona da degola.
Entradas de Somália para se movimentar e receber a bola mais perto dos meio-campistas e de Danielzinho para se deslocar por vazios em profusão foram determinantes.
Até Marcelo Costa e Éder, até então sumidos, apareceram pro jogo coletivo, inclusive ajudando os volantes na marcação e na redução de espaços.
Laterais também cresceram. Tanto na defesa quanto no ataque, onde foram válvulas importantes para dar fluidez às triangulações.
Por isso o Azulão fez 1 a 0 aos oito minutos com Éder cobrando sofrida por Somália e poderia ter feito o segundo gol aos 11. Danielzinho sofreu pênalti de Saulo e Somália atrasou a bola para o o goleiro.
Isso mesmo! Parecia aquela brincadeira de pai batendo pênalti para o filhinho defender com "enorme sacrifício". Ou o vô Raddi batendo bola com o Victor.
Muita displicência pro meu gosto. Talvez tenha dado branco no negrão. Perdoável pra quem não perdeu o jogo. Se o Azulão perdesse, a coisa ir ficar preta pro lado do artilheiro.
Apesar da cena hilária, grotesca, que poderia abalar o emocional da equipe, o São Caetano manteve o vôo sem turbulência. E o Guará não teve a reação esperada pra quem joga em casa, perde só de 1 a 0 e acaba de ver seu goleiro pegar um pênalti.
Tanto que Samuel Santos e Marcelo Costa voltaram a perder situações claras para o São Caetano aos 19 e aos 20 minutos. Quatro minutos depois, mais como fruto da necessidade do que da organização, o Guará esteve bem perto. Luiz fez defesa dificílima. Puro reflexo!
Senhor do jogo e muito mais time, o São Caetano ainda chegou com perigo aos 37 minutos, em dose dupla, com Somália e Danielzinho, talvez os motivos principais para que o vôo terminasse com uma aterrissagem tranquila.
Próxima partida do São Caetano será dia 14, no outro sábado, no Anacleto Campanella, contra o Joinville. Tomara que sem turbulência capaz de assustar até mesmo os passageiros mais experientes.
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