Seguidores

domingo, 1 de julho de 2012

Espanha bicampeã! Como a Espanha

Jogando bonito e dando espetáculo, como a Espanha campeã mundial em 2010, a Espanha acaba de golear a Itália por 4 a 0 e conquistar o inédito bicampeonato da Eurocopa e manter a hegemonia no futebol mundial.

Para ganhar o terceiro título europeu (1964, 2008 e 2012), agora há pouco em Kiev (Ucrânia), os espanhóis voltaram a apresentar planejamento tático, objetividade, agressividade, movimentação sincronizada e plasticidade técnica, características que os levaram, merecidamente, ao topo do ranking mundial.

Motivada pela bela vitória sobre a Alemanha nas semifinais, a valente Itália não se acovardou. Só se entregou aos 15 minutos do segundo tempo, quando ficou com um jogador a menos. Chegou a ter mais posse de bola, mas no todo a Espanha foi melhor.

Respondeu a todas as últimas cobranças e críticas porque substituiu o toque de bola lateral irritante por ousadia, trocas mais rápidas e verticalizadas, penetrações incisivas e até finalizações de fora.

Dono da melhor defesa e do melhor ataque da competição, o time de Vicente del Bosque trocou o cinza pelo vermelho vivo, a depressão pela alegria, o quadro falso pela arte verdadeira, de valor inestimável.

A Espanha ameaçou três vezes antes de fazer 1 a 0 com méritos, logo aos 13 minutos. De Xavi pra Iniesta, daí pra Fábregas na direita, às costas de Chiellini; o cruzamento encontra a cabeça de David Silva e o ângulo direito de Buffon. Indefensável!

Em desvantagem, a Itália foi mais à frente e, mesmo com o instável Balotelli bem marcado e sem brilho, deixou o jogo parelho e chegou duas vezes com Cassano. Mesmo ameaçada e mais atrás, estrategicamente, para contragolpear em velocidade, a Espanha chegou ao segundo gol aos 41 minutos, quando a Itália estava melhor.

Atuando como nos seus melhores dias, ao contrário do que mostrara até as semifinais, Xavi encontrou o lateral Jordi Alba entrando em diagonal, em altíssima velocidade. Na saída de Buffon, o toque foi mortal.

A Itália voltou para a segunda etapa sem Cassano e com Di Natale, que perdeu boa oportunidade logo aos 30 segundos. A Espanha respondeu em dobro com Fábregas, e Di Natale parou em Casillas aos seis minutos.

O jogo acabou para a Itália e o título espanhol ficou bem encaminhado aos 15 minutos, quando o brasileiro naturalizado italiano, Thiago Motta, que entrara aos 12, sentiu lesão na coxa direita e deixou o campo.

Como Cesare Prandelli já havia feito três alterações, a Itália passou a jogar com 10 e se entregou. De vez! A partir daí, a Espanha passeou e mostrou indiscutíveis qualidades técnicas e valores individuais.

Com espaços generosos para contra-atacar em velocidade, com deslocamentos e toques precisos, a Espanha voltou a marcar aos 38 minutos com Fernando Torres (outra assistência primordial de Xavi) e aos 44 com Juan Matta, que entrara três minutos antes no lugar de Iniesta, de novo um dos melhores em campo.

O espetáculo da Espanha, hoje, foi digno de quem é cobrado para ratificar o rótulo de melhor futebol do mundo. Nem sempre é possível. Aquele futebol que não dá sono! Aquele que engrandece a arte de quem quer e sabe jogar.

P.S: cerimônia de encerramento da Eurocopa também foi maravilhosa, assim como a atitude dos jogadores espanhóis aplaudindo a determinação e o fairplay dos italianos perdedores, que não apelaram. Criançada em campo, no final, foi um colírio para avôs,como este caipira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário