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domingo, 8 de julho de 2012

UFC: cortaram a língua do falastrão

Chael Sonnen fala muito. Pior é que o americano descarrega uma carreta de besteira cada vez que abre a boca. O cara liga o automático e destramela.

Sonnen parece matraca de Semana Santa, aquela da procissão. Promove um evento de UFC como poucos, mas exagera. Vomita ofensas pessoais! Exala desrespeito e preconceito!

Por isso, embora não seja nenhum mamão-com-açúcar, mereceu o pau que levou do brasileiro Anderson Silva, hoje de madrugada em Las Vegas.

O americano foi melhor no primeiro assalto. Mas foram cinco minutos de superioridade estéril, sem contundência e sem competência para finalizar. Vacilão, pretensioso, acabou dominado e nocauteado inapelavelmente no segundo assalto.

Foi a 15ª vitória consecutiva do invicto campeão mundial dos pesos meio-médios. O Corinthians é um dos patrocinadores da fera por meio de Ronaldo Fenômeno. Parceria de quem conhece o caminho das conquistas.

Confesso que, mesmo com muito sono, fiquei acordado até de madrugada só para ver a luta, mas não sou fã do MMA. Consigo admirar o judô, a capoeira, o jiu-jitsu e principalmente o boxe, mas ainda vejo o MMA como briga de rua (das antigas, de braços e pernas) com predominância de pancadaria.

O pugilismo também tem seu lado violento, é até discutível como esporte, mas sempre tive ídolos no boxe técnico, bem jogado. Nobre arte, na verdadeira acepção da palavra. Respeito, mas jamais aplaudi brutamontes como joe Frazier, Mike Tayson, Primo Carnera, Maguila e cia.

Sempre preferi enaltecer a técnica de pugilistas como Éder Jofre ( o nosso eterno Galo de Ouro), Sugar Ray Leonard, Muhamad Ali, Julio Cesar Chavez e o recém-falecido e lendário Teófilo Stevenson, o tricampeão olímpico cubano que deu as costas ao profissionalismo.

Há técnicas no MMA, lógico, mas a porrada come solta. Quem sabe algumas regras mais rígidas não me façam mudar de idéia? Meus filhos curtem muito. Principalmente o Fábio, o mais velho, que também adora carros. Felizmente, o respeito de opiniões é mútuo.

Então, por que assisti? Porque me senti ofendido com a prepotência e a falta de educação do americano. Torci mesmo para que o corintiano o cobrisse de pancada e ainda arrancasse um pedaço da língua do falastrão, que chegou a ofender a família de Anderson e o povo brasileiro.

De posse do cinturão, de forma sensata, foi legal Anderson Silva pegar o microfone e sugerir que, por educação, o público aplaudisse também o papagaio nocauteado. Em seguida, malandra e ironicamente, Anderson o convidou para um churrasco em sua "humilde residência".

Juro que estava com receio de derrota, mas as respostas do brasileiro, no octógono e no gogó, foram à altura de um campeão.

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