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terça-feira, 3 de julho de 2012

Os riscos da Copa e os melhores da Euro

Primeira Copa do Mundo de Futebol aconteceu em 1930, no Uruguai, o campeão. Até agora foram 19 torneios, com nove conquistas da América do Sul e 10 da Europa.

Brasil (campeão cinco vezes), Argentina (duas) e Uruguai (duas) são os títulos daqui. Itália (quatro), Alemanha (três), Espanha, Inglaterra e França são os europeus vitoriosos.

Primeira das 14 Eurocopas foi vencida pela então União Soviética, em 1960. Grécia, Dinamarca, Holanda, Tchecoslováquia e Itália ganharam uma vez. A França ganhou duas; Alemanha e Espanha foram campeãs três vezes. A Espanha com direito ao autêntico bi do último domingo.

No "confronto" das copas, fica a impressão de que sequem caminhos opostos. Quanto mais importância e notoriedade a Eurocopa ganha, mais a Copa do Mundo perde.

Visibilidade, qualidade técnica, credibilidade, organização e até aporte financeiro fazem com que a Eurocopa seja tratada como menina dos olhos de potências mundiais fincadas no velho continente, onde, paradoxalmente, a economia e o desemprego vivem de mãos dadas com o temor da insolvência.

Enquanto na Copa do Mundo, com o dobro de participantes e muitas galinhas mortas, só começa, de fato, quando sobram 16, a Eurocopa é mais seletiva e não costuma dar lugar para meros coadjuvantes de terceiro escalão. São jogos equilibrados desde a abertura.

Neste ano, Ucrânia e Polônia receberam a nata. Com raríssimas exceções, só quem sabe jogar: Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Holanda, Dinamarca, República Tcheca, Croácia, Suécia, Russia, Grécia e Irlanda.

Se o futebol sul-americano não ganhar da Copa do Mundo de 2014, no Brasil,de forma convincente, a Eurocopa vai ficar ainda forte e o ranking mundial mais recheado de europeus nas primeiras posições.

Especialmente se a hegemonia espanhola não for quebrada e se o Brasil não se dignar a organizar a competição com competência.

OS MELHORES DA EURO

Para não perder o costume após grandes eventos futebolísticos, todos nós, metidos a técnicos de futebol, nos julgamos no direito -- e temos -- de escalar a seleção dos melhores.

Então, aqui vai a minha, sem rígido respeito ao posicionamento que os jogadores ocuparam nas suas devidas equipes. Entre os titulares, ratificando a competência da campeã no sistema defensivo e no setor de criação, são seis espanhóis.

Os melhores goleiros foram Casillas, Neuer e Buffon. Fico com o capitão espanhol.

Nas laterais, escolha também recai sobre os espanhóis Sérgio Ramos e Jordi Alba, mas o alemão Boateng e o português Coentrão foram bem.

Zaga interna tem a presença de Piqué e do brasileiro naturalizado português Pepe (desta vez sem rompantes de instabilidade emocional). Segurança e personalidade. O polêmico inglês Terry também foi bem, assim como o italiano Bonucci.

Com o selecionado europeu a jogar no 4-2-3-1, fica difícil não escalar o alemão Schweinsteiger e o espanhol Xabi Alonso como volantes modernos, que defendem, organizam e atacam com desenvoltura.

Pirlo poderia até aparecer como volante, mas seria um dos armadores porque não se limita a uma faixa do campo, tem ótima bola parada e levou a Itália à decisão. Xavi fica de fora porque só foi Xavi na final, exatamente onde Pirlo não brilhou.

O motorzinho alemão Ozil e o cerebral espanhol Iniesta seriam os meias. Ozil conduziu a Alemanha aos seus melhores momentos. Iniesta jogou por dois, ele e Xavi, e foi escolhido pela UEFA como destaque da Euro.

Atacantes como o instável Balotelli, o solitário Ibrahimovic e o esquecido Fernando Torres alternaram bons e maus momentos, por isso a escolha recai em Cristiano Ronaldo, uma estrela de primeira grandeza que por pouco não levou Portugal à final.

O melhor jogador da Euro fica mesmo com o campeão Iniesta. Pirlo, Cristiano Ronaldo e Schweinsteiger correram por fora, mas não ganharam o título.

Como revelação, Jordi Alba parece mesmo a melhor opção. Que pique pra receber o passe milimétrico de Xavi e fazer o segundo gol da Espanha na decisão, hein! Recordista mundial, o jamaicano Usain Bolt comeria poeira!

Melhor técnico, na minha opinião, foi o português Paulo Bento, com menção honrosa para o italiano Cesare Prandelli. O campeão, Vicente del Bosque, parece repetir a história de Lula no Santos de Pelé. Falar o quê para um bando de craques? Juiz mais eficiente também é português: Pedro Proença.

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