Seguidores

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Por fora de (quase) tudo

Acabo de chegar de "férias". Portanto, estou por fora de tudo. Ou quase tudo! Como fiquei dois dias em Jacareí, no paraíso do Márcio e da Elaine, e mais oito em Penedo, praticamente me afastei intencionalmente do mundo.

Pra quem não conhece -- e não sabe o que está perdendo --, Penedo é distrito de Itatiaia (RJ), ali na divisa com São Paulo e não tão distante de Minas. Fruto de colonização finlandesa, Penedo é uma delícia. Pra tudo quanto é gosto.

Na parte que me toca, até vou às lojinhas e aos restaurantes à europeia -- sem contar o sorvete e o chocolate --, mas curto mesmo aquele churrasco com bom vinho em família no alto do Penedo, bem colado nas montanhas vizinhas dos picos de Agulhas Negras e Prateleiras, dentro do Parque Nacional de Itatiaia.

Muito mato, muita sombra, sol na medida certa, muitos pássaros, muita água, cachoeiras geladas, muita terra, muitas trilhas e, o melhor, muito, mas muito sossego ao lado da piscina natural e da sauna finlandesa.

O som do silêncio, o brilho incomum das estrelas e a lua (quase cheia) tão próxima chegam a ser instigantes. Fazem pensar! Fazem sonhar! A vida bem vivida é realmente uma dádiva divina.

Apenas um rádio ultrapassado nos coloca em contato com as notícias do mundo. Se não interessar, é só não ligar. Ou deixar na música gostosa da Rádio JB/Jornal do Brasil.

MPB e sucessos antigos, nacionais e internacionais, a dar com pau. Combinam com a natureza exuberante. Pra quê o bom sertanejo que tanto curto? CD pra quê? TV pra quê? Parafernálias eletrônicas pra quê?

Por isso ainda estou fora de sintonia. Não sei nada do Santo André na Série C do Campeonato Brasileiro. Ampliou invencibilidade e entrou no G-4 do acesso ou novo empate derrubou ainda mais as pretensões do Ramalhão? Se perdeu, piorou!

E o São Caetano, será que aumentou a invencibilidade pra 11 jogos e entrou no G-4 da Série B? Jogava em Ipatinga, contra o lanterna. Portanto, mesmo fora de casa, tinha tudo para confirmar ascensão nas mãos de Sérgio Guedes. Mesmo sujeito a instabilidades ocasionais, como o tempo, o Azulão sonha com o acesso.

São Bernardo está na Copa Paulista, que pode levar à Copa do Brasil. Tigre do técnico Edson Boaro, meu conterrâneo de Rio Pardo, faz do evento um laboratório para a elite estadual. Vai ser difícil chegar. Nem sei como anda.

E o meu Corinthians? Tomara que tenha voltado a jogar como campeão da Libertadores e escapado de vez da ameaça de rebaixamento ao lado do Palmeiras e do Santos. Espero, sinceramente, que os três tenham vencido nos últimos 10 dias. Quanto ao São Paulo, dou de ombros como torcedor, mas respeito sempre como jornalista profissional.

E na Fórmula-1? Torço muito pro Bruno Senna. Por causa do tio que se foi tão jovem e transformou nossas manhãs de domingos em dias comuns. Falta algo! Quanto ao Massa, acho que já deu o que tinha de dar. Espero que Fernando Alonso tenha disparado na liderança do Mundial.

Nossa! Não vejo a hora de saber o que está a acontecer em Londres. Gosto muito de Jogos Olímpicos. Tomara que nossos atletas estejam a fazer sucesso suficiente para ganharmos mais do que 16 medalhas. Com pelo menos cinco de ouro, incluindo o futebol de Neymar, Oscar, Lucas e cia.

Mesmo distante do esporte e de um sem-número de benesses/transtornos do dia a dia ( trânsito, tv, telefone, internet, políticos de ocasião, vizinho mal-educado, parente interesseiro, padeiro careiro, vendedor inconveniente, comprador egoista, médico incompetente, advogado enrolão, pedreiro mancadão, mecânico enganador, motorista irresponsável...) o descanso de aposentado foi legal.

Melhor quando os netos chegaram para fazer o final de semana da Angela e do vô babão ser ainda mais especial. Os olhos brilham, o coração perde o compasso a cada sorriso, a cada choro, a cada palavra, a cada olhar, a cada tombo, a cada leve sinal da doce existência do Victor e da Júlia.

Valeu a pena ficar por fora do mundo normal, acelerado, insensível!

Nenhum comentário:

Postar um comentário