Embora o Santos tenha melhorado bastante e criado pelo menos quatro boas oportunidades de gol no segundo tempo, o 1 a 0 do aplicadíssimo Corinthians em plena Vila Belmiro foi incontestável.
Empate ou nova vitória corintiana no Pacaembu leva o Timão à inédita final da Libertadores. Vitória do Santos por 1 a 0 significa decisão nos pênaltis. Se o time de Muricy Ramalho fizer 2 a 1, 3 a 2, estará classificado.
Pela força do Santos, vaga ainda está em aberto, mas as possibilidades de o Corinthians finalmente chegar são maiores. A melhor defesa da Libertadores pode ser determinante.
Por que o resultado não pode ser contestado? Porque o time de Tite jogou concentrado, com atenção, foi mais organizado defensivamente, o que é sua principal característica, anulou o monstro cansado.
Estrategicamente, o Corinthians também apostou em um contragolpe mortal, sem abrir mão de atacar assim que retomava a posse de bola. Não deu outra!
O Santos não é um time só de estrelas. Depende quase que exclusivamente das individualidades de Neymar, o verdadeiro craque, e Ganso. Mas quem desequilibra e bota medo não jogou nada diante de uma marcação sempre dobrada, sem arriscar o bote suicida.
Ganso, ainda em recuperação de lesão, teve mobilidade restrita, mas fez bons passes. Já Elano e Arouca foram decepcionantes, não apareceram pro clássico. Melhor jogador do Santos foi o volante-valente Adriano. Sangue quente e futebol guerreiro. Foi pouco!
No Corinthians, novamente destaque para Paulinho e Cássio. Paulinho é quase perfeito taticamente e ainda aparece na frente, com passadas largas e bom passe. Como no gol de Emerson, que estava sozinho. Bola foi na gaveta; e ainda há quem diga que Rafael falhou.
O gigante Cássio brilhou no segundo tempo, com três boas defesas. Mesmo com o Santos mais ofensivo na segunta etapa, o sistema defensivo do Corinthians manteve a alta performance.
Achei que Alessandro não daria conta de Neymar, que não se fixou tanto na esquerda. Sempre assessorado, até que o lateral capitão foi bem. Os zagueiros internos também não comprometeram, assim como Fábio Santos.
No meio-de-campo, a linha de quatro defensiva fez do Corinthians um time ainda mais compacto. No segundo tempo, quando, pressionado pela necessidade de empatar, o Santos veio no 4-2-1-3, Tite optou pelo 4-5-1, com apenas Emerson no ataque.
Emerson que forçou dois pênaltis e acabou expulso corretamente. No final, depois do apagão, com o zagueiro Wallace no lugar do meia Alex, o Corinthians se fechou no 4-5-0.
Se, por coerência, o árbitro Marcelo de Lima Henrique utizasse critérios iguais, poderia dar vermelho para Neymar e Durval. Faltou peito para punir os agressores!
Triste é ouvir comentários discutíveis de pseudojornalistas com paixões de torcedores. Dizer ou escrever que o Corinthians imitou o aplicado Chelsea campeão europeu não é tão incoerente ou ofensivo.
Só que o grupo de Tite não é covarde, não abre mão de atacar quando retoma a posse de bola e usa a inteligência para valorizá-la. Mas alegar que o Santos parece o Barcelona é uma blasfêmia.
No Pacaembu, cujo gramado é de menores dimensões (cerca de 400m²), serão 37 mil torcedores corintianos a alimentar o inédito sonho de ganhar a Libertadores. O conjunto pode prevalecer; de novo.
Ao Santos resta acreditar que quarta-feira os bons assessores de Neymar sejam mais competentes. Mágica o menino ainda não faz! A força da individualidade pode ser superada; de novo.
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