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terça-feira, 5 de junho de 2012

Nei Paraíba salva o Azulão em noite de Neneca

Debaixo de muita chuva,com grande atuação do goleiro Neneca e um gol salvador de Nei Paraíba nos acréscimos, São Caetano e América Mineiro empataram de 1 a 1 agora há pouco no Estádio Anacleto Campanella, pela quinta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Ainda líder e invicto, agora com quatro vitórias e um empate em cinco jogos, o vice-campeão mineiro começou melhor e deu a impressão de que o São Caetano (duas vitórias, um empate e duas derrotas) não teria vida fácil e seria mesmo testado pra valer.

No caso, melhor significa mais organizado, com solidez defensiva e ciente de que poderia oferecer perigo em contragolpes com rapidez. Como aos 12 minutos com Bruno Meneguel.

Ao contrário dos dois jogos anteriores sob o comando de Sérgio Guedes, o Azulão só saiu mais pro ataque e ofereceu perigo depois dos 15 minutos, quando soltou mais os laterais e teve uma chance com Wagner, de cabeça.

Mesmo assim, os meias Marcelo Costa e Éder não se movimentavam a contento nem se aproximavam do ataque com eficiência, o que dificultava a produção ofensiva de Leandrão e Geovane.

Com chuva ainda mais intensa e o campo pesado, o segundo momento de perigo do São Caetano foi criado aos 31 minutos, quando Diego foi ao fundo e cruzou para Leandrão cabecear no poste direito de Neneca, ex-Santo André.

Três minutos depois foi a vez de Geovane arriscar de longe. Pouco para quem exige constantes emoções de gol. Normal para dois times técnicos que encontraram dificuldades por causa da água em excesso.

O Coelho começou um pouco melhor; o Azulão terminou superior. Como não são peixes e o forte dos dois não é natação, não dava para exigir muito mais.

No segundo tempo, com chuva mais leve mas o campo ainda pesado, o São Caetano voltou um pouco mais ofensivo, talvez devido à aproximação e à participação mais intensa, mas ainda não o suficiente, dos meias.

Tanto que teve duas oportunidades seguidas logo aos cinco minutos com Leandrão. Nas duas Neneca apareceu muito bem. América respondeu aos 12 com Fábio Júnior, mas quase tomou o gol novamente aos 17, quando, no contragolpe, Leandrão acertou o poste esquerdo.

Aos 18, Sérgio Guedes trocou Éder por Pedro Carmona, sem resultado prático. Além de se defender bem, o São Caetano mantinha o domínio. Mas o América não estava morto. Tanto que o veterano ma sempre útil Fábio Júnior fez 1 a 0 aos 20 minutos aproveitando sobra na marca do pênalti.

A partir daí o São Caetano intensificou as ações ofensivas e o experiente América do meia Gilberto, estrategicamente, se plantou ainda mais para tentar explorar outro contragolpe capaz de matar o jogo.

Aos 29 minutos, em busca do empate e sem medo, Sérgio Guedes trocou Moradei por Anselmo, um volante que sobe bem mais ao ataque. Também tirou um Marcelo Costa em queda e fez entrar o atacante Nei Paraíba, de boa movimentação.

Portanto, o Azulão ousou ao trocar o 4-2-2-2 pelo bem mais ofensivo 4-2-1-3. Para
quem estava perdendo, não se esperava outra atitude.

Como resultado, duas excepcionais oportunidades aos 31 minutos, a primeira com Nei Paraíba e a segunda com Geovane. O herói Neneca voltou a fazer duas grandes defesas e evitar o gol de empate.

Pressão do São Caetano, que reclamou dois pênaltis, era cada vez mais intensa e o time mineiro já parecia não reunir forças para o contra-ataque. Com o América todo atrás, Geovane voltou a desperdiçar boa chance aos 39 minutos, mas aos 46 foi expulso depois de um carrinho perigoso em Rodriguinho.

No limite dos acréscimos, aos 50 minutos, o empate heróico, dramático, de um time determinado, nada passivo, que não desistiu nunca: o zagueiro Gabriel cobrou falta da meia-esquerda, a bola desviou e sobrou para Nei Paraíba tocar de leve, no limite. Ficou ficou até a dúvida se a bola havia entrado e de quem era o gol, já que Boiadeiro tentou salvar e Diego também chegou para conferir.

A igualdade ficou mais justa numa noite chuvosa em que Neneca seria o herói solitário, não fosse o gol do folclórico mas batalhador e eficiente Nei Paraíba, aquele.

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