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sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Santos, o choro e o bom cabrito

O sempre atuante presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, desperdiçou grande oportunidade de agir com grandeza e reconhecer os méritos do vencedor.

Preferiu não fugir do lugar-comum de técnicos e dirigentes perdedores. Alegar que um dos motivos da derrota santista em pleno alçapão da Vila Belmiro é o protecionismo da Confederação Brasileira de Futebol ao Corinthians beira o ridículo.

Argumentar que o diretor de seleções Andrés Sanchez e o técnico Mano Menezes favorecem o clube do Parque São Jorge por chamar o estafado Neymar e o seguro jovem Rafael mas não convocar Leandro Castán, Paulinho, Ralf e Emerson é burrice pura.

Queria o quê, presidente? Que Mano Menezes poupasse o monstro das canelas finas e chamasse o time todo do Corinthians? Insinuação não se sustenta. É barata! A base é olímpica, com idade para disputar a medalha de ouro em Londres.

Isso é desculpa de mau perdedor. É choro injustificado de quem esperava vencer e agora fica a arrumar desculpas esfarrapadas para não ser execrado pelo torcedor apaixonado.

Se o menino Neymar tivesse menos compromissos pessoais e profissionais, talvez não estivesse tão cansado. Se Rafael fizesse milagres, talvez a bola de Emerson não entrasse lá na gaveta.

Se Henrique, improvisado na lateral, colasse em Émerson a conclusão seria mais difícil. Se a cobertura de Elano, Adriano e/ou Edu Dracena fosse um primor, o chute seria travado. Se a bola não fosse perdida no meio-campo, se Alex não encontrasse Paulinho e este não servisse de bandeja, o gol não sairia.

Se Elano ainda jogasse 70% do que sabe, não desfilasse lentidão, não se limitasse a uma faixa do campo e ainda empatasse naquela bela jogada de Adriano e Juan, tudo seria diferente.

Se Arouca não estivesse tão aquém de suas melhores condições físicas, sua técnica diferenciada e seus passes quase perfeitos poderiam levar o time pelo menos à igualdade. Será que o presidente chorão viu que Arouca também jogou mal e errou inúmeros passes fáceis?

Se Alan Kardec e Borges também estivessem numa boa noite, talvez o time santista fosse mais eficiente nas finalizações. Será que o mau cabrito reparou que Neymar, Borges, Juan e Durval perderam oportunidades claras de gol e que o time de Muricy Ramalho exagerou nos levantamentos?

Se a marcação sempre dobrada sobre Neymar era quase intransponível, que seus companheiros fossem um pouco mais solidários e competentes. Será que o dirigente também viu tudo isso ou a paixão falou mais alto?

Só faltou meter o pau na arbitragem, reclamar dois pênaltis, exigir mais duas expulsões e gritar aos quatro cantos que o Corínthians é um timinho retranqueiro, que não merecia vencer. Não falou mas deve ter pensado!

Seria mais coerente o dirigente tomar aquele indispensável cálice de humildade para enxergar a briga de cachorro grande sem distorções nem parcialidade. Como fez Muricy!

Seria mais sensato, presidente, não se esquecer de que a briga pela vaga na decisão da Libertadores ainda está aberta. O time do Santos é bom! Será que o senhor não confia num simples 2 a 1 no Pacaembu? Parece que não!

Diz o ditado popular que o bom cabrito não berra. Com certeza, a boa baleia muito menos! A atitude do presidente não é de um bom cabrito. Diferente de Muricy! O desabafo é descabido.

Cuidado, o Tite pode substituir o "fala muito" endereçado ao Felipão pelo "chora muito" do Laor.

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