Jogo de Palmeiras e Grêmio, ontem na Arena Barueri, lembrou a rivalidade das duas últimas décadas. Pegado, truncado, violento, com polêmicas, expulsões e brigas.
A classificação do Palmeiras para a final da Copa do Brasil foi oficializada após o 1a 1 de ontem, mas conquistada no Sul. Aqueles 2 a 0 no finalzinho, com gols de Mazinho (não serviu para o São Caetano?) e Barcos, foram determinantes.
Grêmio bateu muito e jogou pouco. Palmeiras marcou muito e atacou apenas o suficiente. Valdívia entrou muito bem. Em poucos minutos, desequilibrou, empatou e mandou uma bola no poste.
Absurda foi a expulsão de Henrique. Bate-boca foi normal e o zagueiro-volante do Palmeiras saiu no prejuízo ao encostar desnecessaariamente na confusão após a expulsão de Rondinelli. Levou um soco de Edilson e acabou expulso junto.
Quem dedou foi o assistente. De novo um bandeirinha se mete a juiz. Indeciso, de muita conversa e pouca ação consistente, o juizão Ricardo Marques Ribeiro deixou o jogo correr, aceitou a delação não premiada e deu cartão vermelho para Henrique.
Na decisão contra um Coritiba arrumadíssimo e consciente, Henrique vai fazer falta. Se Valdívia não for sequestrado e resolver jogar o que sabe, equilíbrio fica latente. Caso contrário, os paranaenses levam vantagem por ter mais conjunto e por decidir em casa.
Coritiba joga um futebol moderno, com equilíbrio de ações ofensivas e defensivas; marca forte e sai para o ataque em velocidade. Éverton Ribeiro, revelado no Corinthians como lateral e aproveitado no São Caetano como meia, é um dos poucos destaques individuais de quem privilegia o coletivo. Marcelo Oliveira, ex-atacante do Atlético Mineiro, é um ótimo técnico.
Como em casa (na decisão do dia 11 de julho) o Coritiba vira Boca, que o Verdão se cuide. Primeiro jogo, com mando do Palmeiras, será dia 5. Time de Felipão precisa antecipar o título com apoio da torcida. Se não o fizer, vai continuar na fila.
BOCA JÚNIORS MERECEU A VAGA
Aconteceu o que eu, como corintiano, não queria. Não temia, mas não queria. Com amplos méritos, o Boca Júniors vai ser o adversário na final da Libertadores.
Como no caso do Palmeiras, o time de Riquelme ganhou a vaga nos 2 a 0 de Buenos Aires e não em Santiago. No 0 a 0 de ontem o Boca foi melhor no primeiro tempo e cansou de perder gol.
No segundo, emparedado pela necessidade de vitória, o Universidad foi mais à frente, quase sempre à base do desespero e da correria desregrada. Deu espaços para o contragolpe, criou quatro oportunidades de gol e mandou duas bolas na trave. Pouco para quem precisava vencer.
Corínthians e Boca fazem a final sem favoritismo. Boca não mete medo mas merece respeito pela tradição, pelo peso de camisa e pela dedicação exemplar do primeiro ao último minuto. Só que o time argentino já não tem a qualidade de outros tempos.
Se o Corínthians mantiver a força do conjunto, a alta produtividade defensiva e a intensidade de marcação, o Boca não terá espaços nem facilidade.
O que o time de Tite não pode fazer é abrir mão de também atacar o bicho-papão, que já ganhou seis Libertadores. Principalmente no caldeirão de Buenos Aires, na próxima quarta-feira. Se ficar com medo de perder, vai continuar na fila.
Palmeiras e Corinthians correm o mesmo risco: amargar na fila. Para a felicidade de santistas e são-paulinos, que, obviamente, vão se declarar paranaenses e argentinos desde criancinhas.
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