Tinha de ser nas ilhas britânicas! Tinha de ser exatamente nos Jogos Olímpicos de Londres!
Afinal, de acordo com a história medieval e até mesmo os romances, por lá brilhou a lendária figura do Rei Arthur.
Foi lá que, diz a lenda, o menino Arthur realizou a proeza que desafiava adultos ao arrancar a espada da pedra e virar rei.
Foi lá que, no século VI, o rei Arthur criou os Cavaleiros da Távola Redonda, impediu a invasão dos saxões e comandou o império do bem, da justiça.
E foi exatamente lá que, hoje cedo, 15 séculos depois, brilhou outro Arthur. O nosso Arthur! Um guerreiro genuinamente brasileiro!
Com apenas 22 anos, o também menino de 1,56m, da nossa São Caetano (SERC Santa Maria), acaba de fazer história ao ganhar a primeira medalha olímpica do Brasil na ginástica artística.
O menino descoberto aos 7 anos por um professor de Educação Física ( desculpem a modéstia, mas só podia ser) e hoje dirigido por Marcos Goto não vai virar lenda.
Arthur também não vai virar rei nem comandar um império. Mas já é o novo herói solitário da ginástica artística brasileira.
Não arrancou a espada mágica da pedra, mas viveu um dia de magia ao somar 15.900 pontos e conquistar a medalha de ouro ao superar o chinês Chen Yibinf, campeão mundial e olímpico.
Arthur Nabarrete Zanetti entra para o livro de ouro do esporte. Não precisou de exércitos. Não precisou de cavalos, armaduras, nem espadas.
Apenas de argolas. Simples argolas e muita dedicação. O guerreiro de mãos limpas nos enche de orgulho. Arthur é o nosso rei de ouro sem espada. Os deuses do Olimpo o reverenciam.
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