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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Basquete sem medalha, mas de gente grande

O basquete masculino do Brasil acaba de ser eliminado dos Jogos Olímpicos. Não traz medalha, mas volta de cabeça erguida, de novo jogando como gente grande, sem ficar a dever para as potências mundiais.

A derrota de 82 a 77 para a fortíssima seleção argentina não desmerece um trabalho sério, que deve ser mantido e, se possível, melhorado, para se colham frutos na Copa América de 2011 e nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Foi um jogo de elevada performance técnica e tática, em que prevaleceu o equilíbrio. Decidido nos detalhes, como o baixo aproveitamento (50%) nos nem sempre valorizados lances livres. Perdemos de cinco pontos, mas desperdiçamos 12 lances livres. Basquete de alto nível não permite tamanho desperdício.

Apesar de não conseguir evitar os arremessos de fora da Argentina, o primeiro quarto do Brasil foi muito bom. Ganhamos de 26 a 23 com belo desempenho do armador Marcelino Huertas, o cestinha do jogo com 22 pontos.

No segundo e no terceiro quartos, no entanto, o Brasil não só deixou de pontuar com desenvoltura como não melhorou a marcação. Deu espaços em demasia para os arremessos certeiros de Scola, Ginobili e Delfino. Perdemos de 23 a 14 e de 18 a 14.

No terceiro quarto, o Brasil passou pelo seu pior momento defensivo -- estranhamente, não utilizou o pivô Anderson Varejão -- e chegou a estar 15 pontos atrás.

No último quarto, com a Argentina demonstrando certo desgaste físico, o Brasil foi mais agressivo na defesa e não deu tanto espaço para a conclusão em pleno equilíbrio, sem pressão.

Ofensivamente, mesmo sem brilho nas infiltrações, o Brasil reduziu a diferença para apenas dois pontos quanto faltavam cinco minutos. E nos deu esperanças de vitória.

Quando faltava um minuto e meio, a diferença era de três pontos, mas o Brasil desperdiçou dois ataques e a Argentina aproveitou.

Em final tenso e emocionante, os argentinos fecharam o clássico sul-americano com cinco pontos de vantagem e estão na semifinal das Olimpíadas. O Brasil ganhou o quarto de 23 a 18 mas não adiantou.

Ao Brasil, ficam o consolo do quinto (ou sexto?) lugar e a certeza de que estamos no caminho certo. Voltamos a disputar os Jogos Olímpicos como gente grande. Não ganhamos, mas não somos perdedores.

As semifinais estão definidas: Estados Unidos x Argentina e Espanha x Russia.

NO VÔLEI, DEU BRASIL

Se no basquete da tarde deu Argentina, no vôlei da manhã deu Brasil, com sobras. Sem dificuldade, a equipe de Bernardinho foi bem superior tecnicamente, confirmou evolução na competição e fez 3 a 0 sem dificuldades.

Na semifinal, sexta-feira, Serginho, Murilo, Wallace e cia vão pegar a experiente Itália, que derrotou os campeões de Pequim, os Estados Unidos, também por 3 a 0. Italianos foram os melhores do mundo na década de 90. Ultimamente, tem dado Brasil.

Na outra classificatória de hoje, a Rússia enfiou 3 a 0 na forte Polônia e na semifinal vai pegar a Bulgária, que superou a Alemanha, também por 3 a 0.

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