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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Meninas, é hora de reavaliar para voltar a vencer!

As meninas do futebol e do basquete estão fora dos Jogos Olímpicos de Londres. Surpresa para alguns; lógica para outros tantos. Resta, a ambas as modalidades, reavaliar trabalho, conjunto de procedimentos e de investimentos se quiser voltar a vencer.

Eternas sonhadoras e favoritas à medalha de ouro, as feras do futebol perderam das japonesas campeãs mundiais por 2 a 0, enquanto que o basquete foi superado pelo Canadá por 79 a 73.

Hoje, assim como nas últimas competições mais importantes, nosso futebol feminino fez lembrar o Santos de Neymar e Ganso eliminado pelo (time do) Corinthians na Libertadores.

O coletivismo organizado e tático superou o individualismo artístico -- bonitinho mas ordinário --, nem sempre objetivo e vencedor.

Como se não bastasse a falta de apoio integral à modalidade e de campeonatos motivadores, nosso futebol feminino é assim. Depende de estrelas que nem sempre brilham. Principalmente em situações estressantes, de altíssima competitividade.

Além de não brilharem, Marta e Cristiane parecem querer resolver tudo sozinhas. Dão a impressão de não se bicar. Fica a sensação de que há algo de estranho nas relações das jogadoras brasileiras.

Enquanto o Japão foi exemplar como equipe, marcando muito e jogando com competência tática, física e emocional, e muita inteligência, tanto defensiva quanto ofensivamente,o Brasil foi o oposto.

Lento, apático, burocrático, mal posicionado defensivamente, errando passes e prendendo a bola em demasia do meio pra frente, permitindo o reposicionamento das japonesas, o Brasil mereceu perder.

Que a derrota de hoje sirva de lição não só às jogadoras, mas, principalmente, ao comando diretivo do futebol brasileiro. Não basta cobrar medalhas; é preciso apoiar e respeitar.

Assim como o futebol, nosso basquete feminino (que perdeu todas até agora) também precisa ser repensado. Sem revelações e com campeonatos sofríveis, de baixo nível técnico e competitivo, o Brasil não tem saída a curto prazo.

Não se preparou para a repor peças de porte como Hortência e Paula ( e Janeth em menor escala) ou se impor pela força do conjunto, que vem desde a base, e agora vai necessitar de trabalho a longo prazo -- pelo menos um ou dois ciclos olímpicos - se quiser voltar a sonhar com conquistas internacionais de relevância.

A realidade de nossas meninas do futebol e do basquete está bem longe do ideal para quem ousa sonhar com medalha olímpica. Que a resposta dos nossos dirigentes seja convincente e que o trabalho para o futuro já comece amanhã. Sem desculpas esfarrapadas.

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