Há cerca de 45 dias, em conversa com uma fiscal da Prefeitura de Santo André, fiz uma pergunta e recebi a resposta com absoluta clareza.
-- Mesmo sem atrapalhar ou colocar em risco a segurança do pedestre e a visibilidade dos motoristas, posso colocar um cavalete de propaganda de 0,60cm x 0,30cm. Aqui, no cantinho, só para divulgar a loja?
Educadamente, a moça foi enfática e clara:
-- Não! De forma alguma. Qualquer propaganda da loja, da farmácia, da mecânica ou da imobiliária, qualquer que seja, aí no chão, não pode. Esbarra na lei municipal e o senhor vai ser multado.
-- Mas, minha senhora, moça, não vai atrapalhar ninguém. Lá na rua Carijós eu vejo um monte de propaganda, com o dobro do tamanho...
-- É irregular; cabe multa. Se o senhor quiser correr o risco...
Com a resposta, agradeci com educação e informei meu filho Fábio, que tem uma loja de som e acessórios automotivos, a Jocker Audio Car, ali no começo da Oratório, perto do Carrefour e do posto BR.
Ontem, no entanto, o Fábio me questionou. E carregado de razão:
-- Pai, por que a gente não pode colocar uma simples placa divulgando a loja e os políticos podem fazer tudo isso aí. Olha ali na frente. Tem propaganda política de todo mundo.
-- Filhão, é mesmo! Que absurdo! Ali na ilhinha parece aquele jardim suspenso da Perimetral sobre o qual eu já escrevi. Minha nossa! Aidan, Salles, Bonome, Grana, Bahia, Marcelo, Chaves...
-- Então, Raddão, candidato pode tudo e nós não podemos nada. Para nós, a rigidez da lei e a ameaça de multa. Para estes caras, a lei abre as pernas, vale tudo. Inclusive atrapalhando quem poderia olhar a loja e até a visibilidade dos motoristas que vão entrar na Oratório. Isso é palhaçada! Dá vontade de mandar fazer uma propaganda e colocar lá no meio.
-- Pois, Filhão, para o cidadão comum, prevalece a lei; para quem tem ou procura o poder, todas as facilidades. Ninguém será punido. Tanto esses aí quanto todos que estão distribuídos nos cartazes espalhados pela cidade toda.
-- Por que você não escreve no seu blog?
-- Boa idéia! Vou escrever. Não devo nada pra ninguém. Tampouco pra político. Não tenho rabo preso. Vou dar minha opinião e fim de papo. Afinal, como sempre digo e escrevo, com raríssimas exceções, eles são muito semelhantes nas atitudes, nas omissões, nas promessas não cumpridas, no blá-blá-blá e nas incompetências.
-- Quero ver! Vai escrever mesmo? Melhor eu ir trabalhar. Afinal, nenhum político vai pagar as minhas contas.
-- Isso mesmo, ao trabalho. Mas, repito, você está certo. Tem mesmo de ficar indignado e não se omitir. Vou escrever sim!
Simples assim! Está escrito. E daí?
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