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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Escolares, 1º passo para alavancar o esporte

Sei que o assunto é recorrente. Também entendo que nem todo mundo tem saco para perder tempo com textos repetitivos. Por isso, antecipo pedido de desculpas e tento ser breve.

Porém, vou voltar a escrever sobre a importância dos Jogos Escolares como primeiro passo para quem sonhar brilhar no esporte. Não importa se em Santo André (em andamento), São Bernardo (por começar), São Caetano ( acho até que já terminaram) ou em qualquer cidade do Brasil.

Em ano de Jogos Olímpicos e de cobranças, de leigos e especialistas, para que se conquiste número cada vez maior de medalhas ( uma utopia palistiva), Santo André acaba de dar início à 43ª edição dos Escolares.

Em números, aqui, são 55 escolas públicas e particulares e mais de 6 mil alunos de nove a 17 anos a disputar 12 modalidades em três categorias.

Os três municípios do ABC devem investir alto e valorizar o evento em todas as suas valências, da sociabilização à competição propriamente dita. Principalmente Santo André, que parou no tempo.

Pior, nosso esporte andou pra trás. Enquanto São Bernardo e São Caetano fazem e acontecem; investem alto ( inclusive na base), colhem frutos e, no topo da pirâmide, no alto rendimento, dividem honrarias e conquistas de vulto.

Enquanto isso, a Santo André, então "capital do esporte amador", vive das glórias do passado, do desrespeito do presente e das incertezas do futuro.

Por isso, sem pressa para não atropelar o que pode ser bom, deve recuperar o tempo perdido, insistir em investimentos de valores e de competências para tirar o maior proveito de Jogos Escolares, que já revelaram tantos ídolos/heróis Brasil afora.

Então, que nossos dirigentes, técnicos, assistentes, coordenadores e professores de Educação Física estejam atentos a todos os movimentos das peças sobre esse imenso e inesgotável tabuleiro de talentos aparentemente ocultos.

Como primeiro passo pós-valorização da base, não é possível que, entre seis mil estudantes, Santo André não consiga prestar atenção nas revelações. Que tal um olheiro competente e comprometido em cada ginásio, em cada piscina, em cada tatame, em cada pista?

Com um pouco de boa vontade, com todos remando para o mesmo lado, sem fazer de conta nem escolhendo partidos e padrinhos políticos em ano eleitoral, dá pra descobrir quem leva jeito e merece oportunidade para, quem sabe, um dia representar a cidade e dela se orgulhar.

Mesmo que seja em parceria (séria e transparente) do Poder Público com empresas e escolas privadas. Por que não? O que impede, por exemplo, de o Departamento de Esportes formatar parcerias em várias modalidades com atletas infantis e juvenis?

Será que o Colégio Singular de tanta tradição educacional e esportiva não poderia patrocinar e se responsabilizar pelo vôlei competitivo nas categorias de base? E o campeoníssimo Etip, não poderia assumir o basquete?

Se a Prefeitura propuser uma parceria boa para todos os lados comprometidos, por que o Educandário Santo Antonio não pode dar bolsas de estudo e comandar o tênis de mesa? Por que o Arbos não teria condições de encampar o handebol dos adolescentes de todo o Município?

E o sonho pretensioso não para por aí: o Pueri Domus poderia apoiar a natação, o antigo Cidade dos Meninos daria uma força ao atletismo, o Pentágono patrocinaria o futsal, o Bosque ficaria com o skate e o ESI/Colégio São José abriria os braços para o judô.

Você pode estar aí pensando " é mesmo muita pretensão". Verdade! Mas, com boa vontade e conversa direta é possível pelo menos tentar recolocar, passo a passo, o esporte de Santo André no lugar que ele merece.

O evento Jogos Escolares deixou de ser atrativo ao público, mas pode, repito, ser o primeiro de muitos passos importantes para alavancar o esporte. É possível! Mesmo na terra do Prefeito Inimigo do Esporte.

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