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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Azulão joga mal, chora sem razão e leva de quatro

"Não sou de reclamar, mas assim não dá. Ele está fabricando o resultado. Estão querendo tirar o São Caetano da briga. Isso é covardia. Mas temos time para ganhar aqui dentro...".

Desabafo do técnico Sérgio Guedes no intervalo do jogo contra o ASA, ontem em Arapiraca, pode ser definido como um dos mais incoerentes e patéticos dos últimos tempos. Choro de mau perdedor quando o placar ainda estava igual. Terminou 4 a 1.

Gosto do trabalho, da postura, da personalidade, da ousadia e até das entrevistas do ex-goleiro da Ponte, do Santos e da Seleção Brasileira, mas desta vez ele mandou mal, muito mal. Foi um dos culpados pela goleada.

Estava 1 a 1, e se algum time tinha motivo para reclamar era o ASA, que teve um pênalti claro de Wagner sobre Lucio Maranhão não assinalado por Gilberto Rodrigues de Castro.

Deitar falação exacerbada, totalmente sanguínea, figadal, por causa de duas ou três faltinhas no primeiro tempo, um cartão e uma distância regulamentar não respeitada numa cobrança de falta é demais.

Deu a impressão de que Sérgio Guedes estava uma arara com o futebol de várzea mostrado pelo seu time e resolveu descontar na arbitragem. Botou pilha quando o problema não era a lanterna.

O primeiro tempo do São Caetano beirou o ridículo nos três setores e no conjunto. Presa fácil de uma marcação (3-5-2) forte, o Azulão pouco criou, pouco se movimentou e pouco chegou com perigo.

Achou o gol de empate aos 16 minutos ( Wagner), um depois de ver Didira abrir o marcador após mais uma boa jogada de Lúcio Maranhão pela direita. Defesa falhou!

Destaque no campeonato, até o sistema defensivo do Azulão mostrou deficiências. A começar pela inoperância dos meias e até dos bons volantes, Moradei e Augusto Recife. Marcação não encaixou!

Contundido, Marcelo Costa fez falta na armação e na chegada. Suspenso, Gabriel fez falta na zaga. Sem contar que, do outro lado, o ASA foi ousado e abusou da rapidez e das jogadas incisivas pelas laterais do campo.

Imagino que nos vestiários o treinador tenha soltado os cachorros na arbitragem e se esquecido de orientar seu time a jogar o que sabe, com mais determinação e menos passividade.

Foi o suficiente para o Azulão voltar na segunda etapa com os nervos à flor da pele e sem conseguir fazer o jogo fluir com naturalidade. Sem futebol e sem controle emocional -- por culpa de Sérgio Guedes -- o São Caetano não poderia sonhar com desfecho diferente.

Levou uma bambuzada surpreendente mas merecida; deixou a zona de acesso e ligou o sinal de alerta após passar 16 jogos sem perder. Bambuzada começou a ser desenhada logo aos 12 minutos, quando Lucas cruzou da direita e Samuel Xavier marcou contra ao tentar salvar.

Entendo, até, que, na origem, o juizão poderia ter marcado falta sobre Augusto Recife. Nesse caso, Sérgio Guedes teria razão para reclamar. Assim como nos dois impedimentos de Danielzinho inventados pelo assistente Wilson Lima.

Vendo que a coisa estava preta, aos 18 minutos do treinador trocou o 4-4-2 estático e improdutivo pelo 4-3-3 na expectativa de ganhar movimentação, ousadia e ofensividade.

Não aconteceu nada porque o ASA manteve a eficácia na marcação e na agressividade. Além disso, Geovane e Vandinho, substitutos de Éder e Leandrão, acompanharam o descompasso de um time nervoso e improdutivo.

Por isso o ASA chegou ao terceiro gol aos 23 minutos, novamente com Didira. Marcação do São Caetano foi contemplativa no setor esquerdo e o meia acertou o ângulo esquerdo de Luiz.

Aos 30 minutos, o goleiro Gilson soltou cruzamento da direita e foi obrigado a fazer pênalti em Danielzinho. Pedro Carmona bateu aos 33, no canto esquerdo baixo, mas o goleirão pegou.

Não era mesmo o dia! E piorou aos 46 minutos, quando Lúcio Maranhão ganhou dividida com Moradei na lateral-esquerda, conduziu livre e driblou o goleiro Luiz antes de fechar a goleada.

Se em outros jogos o Azulão ganhou porque contou com a leitura precisa e o dedo do técnico na alterações, ontem o Azulão perdeu principalmente porque jogou mal e seu treinador mostrou total descontrole.

Sábado, no Anacleto Campanella, contra o Avaí, o Azulão precisa deixar de reclamar, voltar a jogar o que sabe e vencer para não se distanciar do G-4, agora cada vez na alça de mira de outros grandes clubes como Goiás, Atlético Paranaense e o próprio Avaí.

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