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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

São Caetano vencedor e maduro

Ficar invicto por 15 jogos, com nove vitórias e seis empates (+ duas derrotas no início) em 17 rodadas, não é tarefa para qualquer time. Só um time de verdade apresenta performance tão invejável num campeonato tão difícil e nivelado por cima.

Um time como o São Caetano, agora liderado por um conhecedor da matéria como Sérgio Guedes. Um time sem excesso de vaidades, que privilegia o coletivo sem desprezar a individualidade; que hoje exercita a combatividade contínua e cuidadosa, mas já não abre mão da ofensividade.

Um time agora mais equilibrado nos três setores e com o melhor sistema defensivo do campeonato. Mesmo ainda longe do ideal, até o ataque melhorou um pouco. Quando laterais e meias encostam, referência e velocidade brilham e mostram competência pontual.

Vitória de 3 a 1, ontem à noite na mineira Varginha, apresentou, acima de tudo, um grupo maduro. Levou susto no início do primeiro tempo e tomou o gol no início do segundo, mas não se abalou. Também foi favorecido pela expulsão de Serginho.

Os dois gols de Leandrão no primeiro tempo e o de Geovane no finalzinho do segundo aconteceram, como se diz, na hora certa. Se bem que, gol a favor é sempre bom, independente da hora.

O primeiro ( aos 16 minutos) numa lambança em atrasada de bola longa e suicida; o segundo (aos 33) num vacilo infantil do lateral improvisado e esperteza de Marcelo Costa para olhar, cruzar e encontrar Leandrão livre. O terceiro também contou com a inteligência do meia, ontem mais dinâmico e participativo do começo ao fim.

Vitória merecida e pontos recuperados após o empate-derrota diante do Criciúma. Vitória da personalidade, da maturidade, de quem se impõe. Resultado que recoloca o Azulão entre os quatro clubes que sobem para a elite nacional em 2013.

Adversário deste sábado, fora de casa, é o tradicional Goiás, que está apenas um ponto atrás. Jogo é tão difícil quanto o de ontem na segunda etapa. Só que o time goiano não só luta pela mesma vaga como é mais forte.

Briga de cachorro grande! Grande, vencedor e maduro. Mas sujeito a recaídas por não ser perfeito. Todo cuidado é pouco!


SEM POLITICAGEM COM O REI ARTHUR

Arthur Zanetti, o rei de ouro sem espada, acaba de conquistar medalha olímpica inédita em Londres e ganhar todos os holofotes do mundo esportivo.

É bom, é prudente, que, agora, políticos de hoje e de amanhã, todos como hienas de plantão, não queiram se locupletar às custas da glória do campeão.

Que prefeito e candidatos à disputadíssima cadeira de honra do Executivo de São Caetano se limitem a homenagens mais do que merecidas. E que se olhe a ginástica artística com tanto respeito quanto as demais valências do esporte.

Quem não se lembra de que, há pouco tempo, várias modalidades foram vítimas de corte de verba discutível, e o esporte foi prejudicado pela troca do competente secretário Mauro Chekin, apeado do cargo para, naquele momento, dar lugar a um político de muitos votos.

Que novidade! Quando interessa ao poder, política e esporte também sabem andar de mãos dadas. Políticos adoram fazer política em cima do esporte. Pelo menos a maioria. Tanto quanto ignoram a necessidade de uma política esportiva de verdade.

Que a São Caetano esportiva não caia na arapuca do desrespeito! Que a coroa do Rei Arthur não seja vilipendiada por abutres bem visíveis aos olhos dos Cavaleiros da Távola Redonda.

Que a medalha de ouro de Arthur Zanetti sirva como partícula de resposta a todos que teimam em menosprezar, a ignorar o esporte. Como na Santo André de Aidan Ravin, o "prefeito inimigo do esporte".

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