Seguidores

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Time de ouro; medalha de prata

Medalha de prata, principalmente em Jogos Olímpicos, é motivo de orgulho, mas para muitos tem o amargo sabor de derrota. Diferente da de bronze, normalmente conquistada com vitória.

O vôlei do Brasil disputou as três últimas finais olímpicas. Ganhou ouro em Atenas, prata em Pequim e... e ficou bem perto da medalha de ouro agora, em Londres.

Um time de ouro; uma medalha de prata. Uma geração de ouro, que ganhou todos os títulos possíveis no voleibol mundial. Uma geração que não pode ser execrada apenas porque ganhava de 2 a 0 e levou a virada dos russos.

Não jogamos para não ganhar, mas precisamos aprender a perder. Precisamos assimilar as derrotas, aprender com as derrotas. Precisamos entender que não jogamos contra o vento. Respeito é bom, e os russos mereceram, souberam ganhar.

Assim como jamais deixarão de merecer admiração e respeito Giba, Rodrigão, Serginho, Ricardinho e Dante, que devem ter dado adeus à Seleção Brasileira. Adeus, mas não sem antes nos encherem de orgulho com vitórias e títulos inesquecíveis ( incluindo três mundiais) sob o comando de Bernardinho.

Bernardinho que volta a ser questionado porque "só" ganhou a medalha de prata. Que absurdo! Parem com isso! Passionalismo exacerbado, no futebol, já é inadmissível. No vôlei, então, nem pensar.

O técnico da Seleção Brasileira não precisa provar mais nada, pra ninguém. Não precisa ganhar nada; já ganhou tudo que podia. Vítima de imbecis virtuais, que não sabem nada de esporte, Bernardinho merece, isto sim, uma estátua.

Será que esses escribas mal-educados e desinformados se lembram que Bernardinho ganhou medalha de prata como levantador da Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Los Angeles, em 84? Era reserva do nosso eterno capitão William.

Será que esses dependentes químicos do ouro sabem que o cara foi medalha de bronze dirigindo as meninas em Atlanta-96 e Sidney-2000? Sim, as nossas meninas.

Será que esses babacas de plantão têm memória tão curta que não se lembram do ouro em Atenas-2004 e da prata em Pequim-2008, em jornadas memoráveis?

Deu pra contar? São seis medalhas olímpicas. Seis!!! Assim como o tricampeão olímpico Zé Roberto Guimarães, técnico das meninas (bi) de ouro, Bernardinho merece sem respeitado e lembrado eternamente pelo torcedor brasileiro. E ninguém é melhor que ninguém.

Nosso vôlei tem um time de ouro, que deve se orgulhar da medalha de prata. Bernardinho (e Vera Mossa) tem um filho de ouro. Bruninho deve se orgulhar de um pai/treinador como poucos, de ouro, muitos ouros.

Como pai e avô, tenho certeza de que Bernardinho sofreu em dobro quando viu seu filho, no pódio, com os olhos marejados. As lágrimas de Bruninho são café pequeno se comparadas à dor de um pai.

Alguém dúvida de que Bernardinho trocaria todas as suas conquistas olímpicas pelo prazer de ver uma medalha de ouro no peito do filho? Se você duvida, me desculpe, mas você não sabe o que é ser pai.

Um time de ouro, um técnico de ouro, uma geração de ouro, um vôlei de ouro. Simples assim! Por isso, mais respeito com os nossos ídolos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário