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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Cutucado, o vôlei dá a volta por cima

Pra ser sincero, eu não botava muita fé no vôlei olímpico do Brasil. Por motivos diferentes, e justificáveis, tanto no masculino quanto no feminino, o desempenho nos últimos tempos não era de campeões.

Pois é, mas a fila anda, o vento muda e o sonho de medalhas está mais vivo do que nunca. No feminino, sem passar pelo sufoco das quartas-de-final contra a Rússia, o Brasil eliminou o Japão em apenas 83 minutos.

Um 3 a 0 tranquilo até demais. Técnica e taticamente perfeito, o time de José Roberto Guimarães nem se incomodou com a fama de defesa quase impenetrável das japonesas.

Defendemos e sacamos com eficiência incomum; e atacamos e contra-atacamos com a mesma alta produtividade dos últimos jogos. Especialmente com Sheilla e Thaísa, sempre municiadas com precisão pela levantadora Dani Lins.

Surpreendentemente, o Brasil da superação teve paciência para administrar cada ponto. Ao contrário, o Japão se perdeu em todos os fundamentos. Até mesmo no controle emocional, que não é fundamento técnico mas é fundamental para quem quer vencer um advrsário em evolução.

Decisão diante dos Estados Unidos ( 3 a 0 na Coréia do Sul) será sábado e vai repetir a final olímpica de Pequim, quando ganhamos de 3 a 1. Aparentemente, o momento americano é melhor. Mas momento não é sinônimo de ouro na véspera.

No masculino, que também retomou a confiança, a volta por cima está prestes a se concretizar. Semifinal de amanhã diante dos italianos está com cheiro de novo passeio. Como foi contra nossos irmãos argentinos.

No vôlei de praia masculino, juro que não dava nada para a dupla alemã. Mas perdemos e ficamos com a medalha de prata. Como franco-atiradores, diante dos teoricamente favoritos Emanuel e Alisson, os alemães venceram por 2 a 1.

No feminino, ontem, Juliana e Larissa, que também sonharam como o ouro, ficaram com a também importante medalha de bronze ao superar a dupla da Coréia do Sul.

Na praia ou na quadra, o nosso vôlei está onde merece. Não deu ouro na areia, mas fora dela parece mesmo que o campeão voltou, como cantou a torcida após o atropelamento das nossas meninas sobre as japonesas.

Quem mandou cutucar a onça com vara curta?

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