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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Placas BRA-2521. Como campeões!

Mais uma vez, o vôlei brasileiro encantou. Mais uma vez, a torcida cantou. Não sei se o campeão voltou; só sei que o campeão voltou... a jogar como campeão.

Os meninos do Brasil simplesmente atropelaram a Itália. Os meninos do Brasil me fizeram voltar no tempo e lembrar da nossa Pirelli imbatível e das nossas seleções douradas.

Ainda bem que um dia tivemos os exemplos de Moreno, Mané, Negrelli, Décio, Emerson, Zé Roberto, Cica, Flavio, Ronaldo e William, nosso eterno capitão e um dos melhores levantadores do mundo.

Que bom ter visto jogarem Montanaro, Xandó, Amaury, Renan, Bernard, Pampa, Bernardinho, Marcelo Negrão, Geovanni, Carlão, Paulão, Xande, Douglas, Giba, Maurício, Gustavo, Nalbert e tantos outros campeões.

Hoje, no encontro dos melhores e maiores campeões das últimas décadas, nosso vôlei parecia enfrentar a Tanzânia, e não a Itália que acabara de eliminar os Estados Unidos, os campeões de Pequim.

Para uma semifinal olímpica, a Itália foi um fiasco. Insegura, perdida taticamente, eivada de erros técnicos e sem poder de reação, a melhor escola do vôlei mundial nos anos 90 foi humilhada, atropelada.

Talvez nenhum italiano tenha conseguido anotar as placas da carreta que despencou ladeira a baixo. As placas começavam com as letras BRA. Os dois primeiros números eram 25, com certeza.

Quanto ao complemento, melhor ajudar nossos respeitáveis irmãos atordoados: 21. Sim, melhor ficarmos com o 21 do primeiro e do terceiro set. Pra quê lembrar o vexatório 25 a 12 (isso mesmo, doze) do segundo set.

Então, ficamos assim: pilotada com segurança e maestria pelo jovem levantador Bruninho, a carreta verde e amarela, de Santo André, placas BRA-2521, passou por cima de um time limitado a bons saques, mas sem forças para encarar o desafio.

O valoroso conteúdo da carroceria carregada de tática, confiança, personalidade, vibração (e respeito à história) tinha um complemento insuperável: competência para aliar força, determinação e inteligência em todos os fundamentos técnicos.

Decisão da medalha de ouro vai ser domingo, contra os russos. Só que não são os mesmos russos da primeira fase. Aqueles, derrotados por nós por 3 a 0, já deram a volta por cima. Agora, o momento já é outro.

É a mesma história das nossas meninas, que decepcionaram na classificatória e amanhã defendem o título olímpico diante das americanas, para quem perdemos por 3 a 1 e ainda fomos ajudados.

Afinal, elas venceram a Turquia e nos deram a oportunidade de chegar às quartas-de-final, quando fizemos um jogo histórico, emocionante,quase perfeito, na vitória diante das favoritas russas. Se as americanas perdessem (entregassem o jogo pensando no futuro), estaríamos eliminados.

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