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terça-feira, 29 de maio de 2012

Azulão convence. Que não seja fogo de palha!

A se julgar pelo jogo encerrado agora há pouco no Anacleto Campanella, o São Caetano de Sérgio Guedes será bem diferente do comandado pelo recém-demitido Márcio Araújo.

Não apenas pela boa vitória de 2 a 0 sobre o Bragantino, depois de perder de 1 a 0 para ASA e Avaí nas duas primeiras rodadas do Brasileiro da Série B.

Pelo menos hoje, o time do ex-goleiro do Santos venceu e convenceu. Que não seja apenas fogo de palha! Foi menos burocrático, mais determinado, dinâmico, organizado e agressivo.

Defensivamente, o Azulão deu pouquíssimas oportunidades ao time de Marcelo Veiga, ex-lateral do Santos e do Santo André. Especialmente pelo posicionamento e pela combatividade incessante de Moradei e Augusto Recife, que apareceu até no ataque.

Está certo que sem o bom ala Vitor Ferraz e o rápido atacante Romarinho, negociado com o Corinthians, o Bragantino ficou capenga e disperso. Seu 3-5-2 estava desfigurado. Por isso defendeu mal e contra-atacou sem a contundência de outros tempos.

O 4-4-2 o São Caetano foi bem mais produtivo e consistente. Até mesmo quando variou para o 4-3-1-2, com Éder ajudando pela esquerda e Marcelo Costa chegando no ataque. Ou para o 4-2-1-3, com o mesmo Éder ficando mais aberto na esquerda.

No primeiro tempo o São Caetano fez dois gols (Geovane aos 28 e Éder aos 36 minutos) com a participação do produtivo pivô Leandrão, que também provocou a expulsão do zagueiro Cris no final do primeiro tempo.

Na segunda etapa, com um homem a mais e preferindo não correr riscos desnecessários, o Azulão puxou o freio, procurou administrar o resultado sem sofrer tantos sobressaltos (apenas numa conclusão ridícula do isolado centroavante Lincom). Mesmo assim, ainda chegou com perigo em dois contragolpes e duas jogadas mais trabalhadas.

O então titular Pedro Carmona, ex-Palmeiras, entrou no lugar do cansado Éder e no final Luciano Mandi, de volta do São Bernardo, substituiu Geovane. Com pouco tempo, quase nada conseguiram de prático. Não precisou. Apesar de aplicado, o Bragantino já estava morto.

Reestréia de Sérgio Guedes com vitória serve de alento. Se não foi perfeito, pelo menos o São Caetano trocou a passividade de uma falsa e ameaçadora zona de conforto por um conjunto de atitudes dignas de quem tem responsabilidades e ganha pra jogar.

Contra o ABC, sábado, em Natal, o Azulão tem mais uma oportunidade de mostrar que a vontade de hoje não é fogo de palha. Que não é enganação passageira de quem se apresenta disposto ao novo treinador mas logo depois se acomoda.

Sem mídia a cobrar com mais rigor e grande torcida a fungar no cangote dos folgados, o jogador do São Caetano precisa, antes de tudo, independente de cobrança e visibilidade, se dar ao respeito como profissional da bola. Simples assim!

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