Conforme previsto, meu conterrâneo, Márcio Araújo, dançou! Não dirige mais um São Caetano que há muito tempo tem pautado por oscilações dignas de rebaixamento.
O moço de São José do Rio Pardo não suportou o início claudicante na Série B do Campeonato Brasileiro e já foi substituído por Sérgio Guedes. Derrotas para ASA e Avaí foram a gota d'água que fez transbordar a paciência de quem comanda o Azulão.
Admiro a pessoa do Márcio, gente boníssima, mas seu trabalho não atingiu a consistência que se exige para quem quer voltar à elite nacional e não dar vexame no Estadual.
Nos últimos meses, nas mãos de Márcio Araújo, em pouquíssimos momentos o vôo do Azulão não passou por turbulências de assustar até pilotos experientes.
Embora respeite o currículo do rio-pardense como ex-meio-campista do São Paulo ( o menino que barrou o ídolo Falcão nos tempos do técnico Cilinho) e como treinador, jamais deixei de discordar e até criticar algumas de suas atitudes. Ou a falta de.
Não sei se ele tinha ou não o time na mão. E se a educação exemplar era sinônimo de paternalismo excessivo. Só sei que, apesar dos constantes desfalques, havia opções individuais capazes de formar um conjunto mais homogêneo, com cara de time.
O Azulão só voou tão baixo, sem ganhar altura de acesso, porque abusou do direito de ser burocrático na hora de atacar e pouco competitivo na hora de se defender com mais dedicação. Não teve equilíbrio nas ações defensivas, criativas e ofensivas.
Márcio também teve condutas discutíveis -- porém legítimas e respeitáveis -- no momento de escolher e/ou mudar jogadores e esquemas. Com ou sem matador? Três ou quatro zagueiros? Três ou dois volantes? 3-5-2, 4-3-1-2, 4-4-2 ou 4-2-3-1?
Embora tenha ajudado a salvar o Azulão do descenso, aqui Márcio Araújo não deu certo. Mas é um bom treinador. Pode dar a volta por cima.
Tomara que o retorno de Sérgio Guedes signifique um São Caetano diferente, capaz de trocar a passividade irritante por uma competitividade envolvente. Como o fez diante dos grandes e, por extensão, dos holofotes da mídia.
Ex-goleiro do Santos, Sérgio Guedes é competente mas vai precisar da mesma paciência -- talvez até demais -- que os dirigentes do Azulão tiveram antes de demitir Márcio Araújo, que não é o único culpado.
SANTO ANDRÉ NA C, MAS SEM JOGO
A pedido da CBF, a FIFA resolveu punir o Brasil de Pelotas e o Treze de Campina Grande por terem entrado na Justiça Comum. E a CBF optou por acatar o pedido do Santo André para só iniciar os Brasileiros das Séries C e D quando as pendências judiciais estiverem solucionadas.
Por isso, até segunda ordem, o Santo André continua na Série C, mas o início dos campeonatos está adiado. Em vez de enfrentar a Chapecoense, em Araras, amanhã de manhã, no Bruno Daniel, o Ramalhão faz jogo treino contra o Mogi-Mirim, campeão do Interior.
O técnico Claudemir Peixoto vai ter mais tempo para montar uma equipe capaz de evitar a repetição dos últimos vexames, que quase sempre redundaram em rebaixamentos.
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