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sábado, 12 de maio de 2012

Tigre, o campeão da superação

São Bernardo está em festa! No Estádio Primeiro de Maio, diante de cerca de 13,5 mil torcedores, entre eles o ex-presidente Lula, o São Bernardo acaba de empatar de 2 a 2 com o valente União Barbarense e conquistar o título da Série A-2 do Paulistão.

É o título da superação. A conquista de quem começou nocauteado, irreconhecível, e soube, mais de uma vez, erguer-se, reencontrar o doce caminho das vitórias e dar a volta por cima para ser um legítimo campeão.

Na primeira fase foram cinco derrotas consecutivas e uma reação excepcional, para chegar em segundo lugar na classificação geral.

Depois, nos quadrangulares, outro início decepcionante, para, rapidamente, se recuperar e chegar em primeiro, garantindo o acesso de forma heroica.

Na fase decisiva não foi diferente. Começou perdendo e empatou de l a l em Santa Bárbara d'Oeste com um gol nos acréscimos. Hoje, foi buscar o resultado duas vezes e, com a igualdade, ficou com o título.

Na primeira etapa, de início equilibrado, o União Barbarense mandou uma bola no travessão com César aos 17 e dois minutos depois fez l a 0 com Cesinha aproveitando falha de cobertura na lateral-esquerda e no miolo de zaga.

Era do que o Tigre necessitava para acordar e mostrar por que merecia ser campeão. Daí pra frente, só deu São Bernardo. Um massacre! Foram seis oportunidades reais além do gol de cabeça de Ricardinho, aos 36 minutos.

Pela melhor campanha, o resultado dava o título ao time de Luciano Dias, mas o União Barbarense, de investimentos bem mais modestos, foi guerreiro. Mesmo com um jogador a menos após a expulsão do zagueiro Juliano, no final do primeiro tempo, o União partiu para o ataque.

Com espaços, no contragolpe, o Tigre desperdiçou chance dupla aos 10 minutos, com Ricardinho e Danielzinho, livre, no rebote. Aos 13, com méritos, o time do novo técnico do Santo André, Claudinei Peixoto, desempatou: o bom lateral-direito Alex bateu falta no poste esquerdo e o zagueiro Renato empatou na sequência.

Gol feito, lá se foi o São Bernardo outra vez em busca da reação, lugar-comum durante toda a competição. Cresceu e dominou. Liberou ainda mais laterais/alas, volantes e meias (Luciano Mandi entrou ainda no início do primeiro tempo no lugar do lesionado volante Zé Forte) e passou a criar oportunidades sequenciais.

Em nova chance dupla aos 17 minutos, com Danielzinho e Ricardinho, o empate esteve próximo. E aconteceu no minuto seguinte, quando Bady, de fora da área, acertou o ângulo direito do bom goleiro Tiago Passos.

Com a necessidade de vencer, o União voltou a atacar e dar campo para contragolpes com alto teor de periculosidade. Como aos 37 e aos 41 minutos com o quase sempre individualista Danielzinho.

Aos 43 minutos, já com quatro atacantes, apenas um volante e um meia, o desnecessariamente ousado São Bernardo marcou com Ney Mineiro. O árbitro Claudinei Foratti chegou a apontar discretamente para o meio do campo, mas, erradamente, resolveu acatar marcação do assistente, que viu impedimento inexistente.

Aos 44, quem perdeu, pra variar, foi o artilheiro Danielzinho. Por sorte, o Tigre já não dependia de gols para fazer a festa de campeão, repetindo a conquista do brilhante e saudoso Santo André de 81.

Pena que os dois não se reencontrarão na elite estadual. Neste momento, cada um está onde merece. Apoio consciente e não abusivo do poder público, investimento, trabalho exaustivo, confiança e competência quase sempre são sinônimo de sucesso.

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