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terça-feira, 15 de maio de 2012

Desrespeito ao torcedor campeão

Tomara que o imbróglio transcorrido sábado no Estádio Primeiro de Maio sirva de alerta para os dirigentes do São Bernardo, legítimo campeão da A-2, a Segundona estadual.

Clima festivo -- e não poderia ser diferente --, acesso e título histórico à parte, o torcedor, atual e/ou futuro, do Tigre não pode ser desrespeitado e até humilhado como aconteceu.

É inadmissível que mais de mil torcedores tenham ficado de fora, sem ver a decisão, por falta de organização de dirigentes e da Polícia Militar, responsável pela limitação de acesso e pela segurança do evento.

Todos sabiam que o berço das manifestações petistas -- de ontem e de hoje -- estaria lotado. Penetras, cambistas, flanelinhas, falsificadores e até pseudo amigos do rei dariam mesmo trabalho. O entorno do palco só poderia ferver!

Se no Primeiro de Maio cabem cerca de 15 mil torcedores ( foram 13 mil pagantes), como a PM pode vetar a entrada de quem tinha ingresso sob a descabida alegação de que não havia mais lugares?

Pela TV+, mesmo com algumas limitações na transmissão e na informação jornalística, ficou claro que havia pelo menos mais "999" lugares. Portanto, a determinação da Polícia Militar, que também teria abusado da força e do gás de pimenta, não tem respaldo. Contradiz o que era visível.

Outro problema foi a descoberta de convites falsos (diferentes dos vales das empresas apoiadoras) que seriam trocados por ingressos. Falsificar é fato tão rasteiro e comum quanto ilegal e inadmissível Brasil afora.

Presidente Luiz Fernando Teixeira promete ressarcir financeiramente quem tinha ingresso e também garante que vai acionar a cúpula da PM e detonar a conduta da "autoridade" (capitão Faro) que deveria coordenar as ações de segurança na decisão.

Além de assumir as próprias responsabilidades, sem fugir da raia, nada mais lógico do que a presidência do Bernô dar satisfação consistente ao torcedor que tanto tem prestigiado o campeão.

E que também pode abandoná-lo e até processá-lo por danos morais ao se sentir desrespeitado justo no momento da grande festa.

Políticos, papagaios-de-pirata e demais aproveitadores de plantão com certeza foram privilegiados e viram a final sem qualquer transtorno. Por que não direitos iguais?

Em 2013 o Tigre vai disputar a elite, com grandes jogos, grandes torcidas e problemas diretamente proporcionais. Então, que a falha pontual sirva de lição e a diretoria se prepare em sintonia com a PM.

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