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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Corinthians limitado e juizinho caseiro

Está certo que o árbitro (?) foi extremamente caseiro ontem no Equador, mas, antes de mais nada, o Corinthians precisa reconhecer que jogou pouco, quase nada.

Deitar falação em juizinho mediador, cínico, omisso, covarde e incompetente virou lugar-comum dos clubes brasileiros, que sofrem bastante na Libertadores porque sonham com o Mundial Interclubes.

Nosso clubes, todos, devem mesmo se indignar e peitar a Conmebol, mais uma dessas entidades ditatoriais muito mais preocupadas com poder, status e grana do que com organização e respeito aos seus filiados.

Santos, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Fluminense e cia bela sofrem fora de casa e têm todo o direito de demonstrar total repugnância à conduta dos "meninos" de Nicolas Leoz.

No entanto, o Timão de tanta gente não deixou de ganhar apenas por causa da arbitragem. Defensivamente, até que não encontrou tantos problemas diante de um Emelec nada mais que voluntarioso.

Como dificilmente conseguia levantar bola na área -- quando conseguia, o seguro goleiro Cássio aparecia bem tanto por cima quanto por baixo --, ficou sem tantas opções para vencer. Mesmo empurrado pela torcida.

Desta vez Tite Fala Muito errou na escalação e nas substituições. Está certo que o 4-3-3 tinha como objetivo não levar sufoco e ainda criar situações de perigo ao adversário.

Porém, como, por segurança coerente, prendeu os laterais, além do primeiro volante Ralf, e não contou com Danilo e Jorge Henrique inspirados, o time ficou devendo. Sem meio-campo e sem toque de bola produtivo, o Corinthians se limitou a rifar a bola.

Talvez a melhor opção fosse entrar no 4-4-2, com dois volantes e dois meias (Alex e Danilo), povoando o meio-campo, tendo opções de arremates de fora da área, enfiadas para William e Emerson fecharem em diagonal e bolas áereas defensivas e ofensivas.

Com Jorge Henrique (deveria ser substituído antes da expulsão mais cantada do ano) disposto, mas nervoso e inconsequente, e Danilo dispersivo até mesmo na marcação, o treinador deveria fazer pelo menos uma alteração.

Alex era a melhor opção. Ou até mesmo fazendo entrar Alessandro na lateral-direita, com Edenilson no meio-campo ao lado de Ralf, liberando Paulinho pra encostar em dois atacantes rápidos mas distantes um do outro. Colocou Alessandro, que vem de lesão muscular, tardiamente e quando já estava com um jogador a menos.

O melhor seria ter empatado com gols ou no máximo perdido de 2 a 1, mas, dos males, o menor. Apesar do juizinho, o Corinthians não merecia melhor resultado. Por sorte, vai decidir com o Pacaembu lotado. Só perde se se esforçar muito para jogar menos do que ontem.

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