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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Danielzinho no Azulão! É oito ou oitenta!

Finalmente, o São Bernardo decidiu emprestar o atacante Danielzinho. Cotado para jogar no Marítimo de Portugal, o artilheiro do Tigre na campanha do acesso à elite estadual vai ficar no São Caetano até o final do ano.

Daniel Tiago Duarte nasceu em São Bernardo, a 21 de fevereiro de 1988. Foi revelado pelo próprio São Bernardo, tem 1,79m e pesa 70kg. Característica principal: individualismo; para o bem e para o mal.

Danielzinho é o tipo do jogador útil, mas ainda joga menos do que pensa. Ou seus empresários pensam! Apesar de um dos maiores artilheiros da curta história do clube fundado em dezembro de 2004, o jovem exercita bem mais o individualismo do que o coletivismo.

Veloz mas sem visão periférica porque teima em jogar de cabeça baixa, ele costuma oscilar muito. É oito ou oitenta! Faz jogos brilhantes quando decide por meio da fome de gols e partidas bizonhas quando exagera no egoismo, mata ataques promissores ou perde gols imperdíveis no profissionalismo.

Danielzinho gosta de jogar mais ou menos ao estilo de Neymar, partindo da direita ou da esquerda em diagonal. Ad vezes, pensa ser Neymar, mas está muito longe do craque santista. Falha excessivamente na conclusão, talvez em função de não se ter esmerado nos treinos de fundamentos ainda nas categorias de base.

Se vai dar certo no Azulão? Posso até queimar a língua, mas não apostaria nem metade das minhas fichas. Já decepcionou no Sport e no Avaí (?). Chega no São Caetano como segundo atacante, provavelmente como opção para substituir o titular Geovane.

Se tiver humildade e se aplicar nos treinamentos técnicos, táticos e físicos, Danielzinho pode aprender muito sob o comando do exigente Sérgio Guedes. Treinador não é de atitudes excessivamente paternalistas.

E os dirigentes do São Caetano também não podem tratar o jogador como xodozinho, o bom menino que virou ídolo na cidade natal. Paparico é coisa de torcedor e fim de papo.

Eterna promessa? Por enquanto, só promessa! Tem bela oportunidade de mostrar que seus críticos estão equivocados. Na maioria das entrevistas, mesmo com certa ingenuidade, procura dar indiretas para jornalistas, dirigentes e alguns torcedores que o criticam.

Porém, no campeonato da Segundona (A-2), só acordou e voltou a jogar bem quando exigido com maior intensidade. Mesmo assim, apesar de aparecer bem e sempre livre para finalizar, perde gols em demasia e ignora companheiros com maiores possibilidades de concluir com sucesso. É fominha!

Se for mesmo exigido, monitorado com rigor e incentivado, talvez possa responder de forma positiva e seguir carreira até em clubes maiores. Só que ali, onde a visibilidade é proporcional à cobrança, pode virar vilão num piscar de olhos e levar um pé na bunda.

Se o jovem achar que é o bom, vai dar com os burros n'água, voltar ao Tigre e ser emprestado a clubes secundários. Não é craque, mas pode ser útil. O tempo dirá se o Azulão fez bom negócio ou entrou numa roubada.

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