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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Camisas 1, 10 e 11 da Seleção

Na bela goleada sobre os Estados Unidos, a Seleção Brasileira teve méritos e foi convincente. Além dos 4 a 1, o grupo de Mano Menezes desfilou virtudes individuais e coletivas nos três setores.

A começar pelo camisa 12, que tem condições indiscutíveis de ser camisa 1 nos Jogos Olímpicos de Londres. Pode parecer precipitação de um jogo só, mas não é! O jovem Rafael matou a pau!

Estreia do goleiro do Santos foi de encher os olhos. Não se assustou! Não tremeu! Isso é ótimo! Rafael teve personalidade de jogador maduro. Foram pelo menos quatro defesas de vulto. Passou firmeza de veterano, de gente grande!

Na zaga, o lateral Danilo, mais preso, talvez para liberar Marcelo, ainda não convenceu. O capitão Thiago Silva mostrou por que é o sonho de 10 entre 10 maiores clubes do mundo.

Seu companheiro, o jovem Juan ainda alterna altos e baixos, mas joga firme. David Luiz ainda é superior. Quando não exagera no preciosismo e entrega o ouro! Jogo aéreo da zaga interna deve melhorar quando o treinador acertar o posicionamento.

Na esquerda, Marcelo foi muito bem tanto na defesa quanto no ataque. Se dá bem com Neymar. Marrento, só precisa controlar o pavio curto para não acabar expulso como um mero juvenil.

Os volantes, Sandro e Rômulo, apareceram pouco, mas marcam com desenvoltura. Falham pouco por falta de entrosamento. Normal! Não sacrificam o trabalho dos zagueiros e facilitam a performance do armador, como no caso de ontem.

Armador de aproximação, vertical, cortante, que me fez repensar no que escrevi em março do ano passado (Neymar, Ganso, Lucas + 8). Oscar, revelado no São Paulo e hoje no Inter, foi brilhante e garantiu vaga para Londres.

Dinâmico, combativo, inteligente e ousado, Oscar deve ter deixado Ganso com a pulga atrás da orelha e Mano Menezes com um sorriso de orelha a orelha. Se quiser, treinador pode até escalar um mais pela direita e outro pela esquerda, saindo um atacante.

O armador do Santos é diferenciado, mas, constantemente lesionado, corre o risco de não estar inteiro até julho. Mesmo que se recupere da artroscopia, vai ter de jogar muito mais para recuperar a posição.

Se ficar limitado a uma faixa do campo, duas enfiadas de bola e uma conclusão por jogo, vai dançar. Pouco pra quem é definido como craque. O camisa 10 de Londres será o menino de personalidade que ontem encheu os olhos de quem gosta de futebol.

Como o Brasil jogou no 4-2-1-3, Hulk abriu pela direita, Neymar pela esquerda e Leandro Damião ficou como referência. Hulk extrapola a idade e pode ser preterido na titularidade por mais um armador.

Ou mesmo o mais ofensivo Lucas, que, estranha e erroneamente, brilha na direita sãopaulina mas na Seleção tem entrado na esquerda. Ali, a luz se apanha.

A camisa 9 parece mesmo entre Leandro Damião e Alexandre Pato. Se Pato se concentrar mais no futebol e não continuar refém de lesões sequenciais, terá alguma chance.

Leandro Damião alterna jogadas de craque e de cabeça-de-bagre, mas agrada como referencial e ainda se aplica para ajudar a marcar a saída de bola, sistemática incorporada com louvor pela Seleção.

Já a camisa 11 tem dono há algum tempo. O infernal Neymar nem precisou fazer diabruras. Como craque global, agora ficou ainda mais visado e tem cada vez menos espaço. É o preço da fama! Sobra buraco para os companheiros.

Embora sujeito a discordâncias dos mais exigentes, entendo que, pela produtividade, Neymar foi um dos melhores em campo ao lado de Rafael, Thiago Silva, Marcelo e Oscar.

Marcou de pênalti, bateu o escanteio que originou o gol de cabeça de Thiago Silva e -- após enfiada milimétrica de Oscar -- foi ao fundo para servir Marcelo de bandeja no terceiro. Precisa mais? Seleção não é Santos, não!

Quanto à seleção americana, não é uma Espanha,uma Alemanha, mas está longe de ser rotulada como o saco de pancadas de outrora. Falha muito defensivamente, mas sabe jogar do meio pra frente. Tanto que fez o nome de Rafael.

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