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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dois heróis, um candidato e um vilão. Deu Timão!

Se outro dia Drogba e Petr Cech foram os heróis do Chelsea campeão, ontem os protagonistas de atos não menos heróicos na vitória do Corinthians foram Paulinho e Cássio.

Se na decisão da Liga dos Campeões da Europa os vilões do Bayern de Munique foram Schweinsteiger e Robben, ontem, diante de um exército de loucos, o papel de vilão vascaíno ficou com Diego Souza.

Assim é o futebol! Recheado de heróis e vilões. Heróis como o eficientíssimo meio-campista Paulinho, capaz de burlar uma marcação quase perfeita durante mais de 180 minutos (os dois jogos, lógico!) e fazer um gol histórico, que leva o Timão para as semifinais da Libertadores.

Tudo começou com uma falta sobre Fábio Santos, lá na esquerda. Alex não esperou a formação de barreira -- tudo dentro da legalidade --, apressou o lateral e tocou com rapidez. O cruzamento de Fábio Santos foi desviado para a linha de fundo. Novamente Alex bateu; Paulinho subiu bonito, agora com extrema elegância, no meio da zaga, e cabeceou para o chão. Goooooooolll! O velho Pacaembu virou um mar de emoções.

O detalhe é que não existiria o herói do gol da vitória sofrida, proibida pra cardíacos, se antes não brilhasse a figura grandiosa do goleiro Cássio. Pouco mais de 17 minutos do segundo tempo; falha grotesca na intermediária do Vasco dá o contra-ataque para Diego Souza conduzir até a área.

A partir do erro de Alessandro, então candidato em potencial ao rótulo de vilão, foram exatos sete segundos de desespero, tensão e expectativa na arquibancada preta e branca.

O desfecho mostrou um herói capaz de crescer, saltar para a esquerda e desviar com a ponta dos dedos a batida de um novo vilão, Diego Souza. Alessandro seria execrado! Alguém duvida?

Mesmo sendo um grande jogador, o candidato a herói virou vilão. Mesmo com jeitão meio maluco, desengonçado, sujeito a instabilidades de quem ainda precisa provar que é um bom goleiro, à altura da grandeza do Corinthians, Cássio virou o primeiro herói.

Num jogo de dois heróis, um candidato e um vilão, onde mais uma vez prevaleceram os sistemas defensivos, a determinação e o coração, deu Coríntians. Se a bola de Diego Souza entrasse, ele seria o herói e o Vasco estaria na semifinal da Libertadores. E Cássio e Paulinho estariam sendo questionados sobre a razão de mais uma eliminação corintiana.

Com menos intensidade, mas tão valente quanto o time de Tite Fala Muito -- ontem ele foi expulso e teve de falar da arquibancada --, o Vasco de Cristóvão Borges foi superior tecnicamente e mais consciente e técnico no toque de bola. Se vencesse, também seria por méritos.

No outro jogo de ontem, o Fluminense deu sopa pro azar. Foi razoável e administrou bem o primeiro tempo, quando fez 1 a 0 com Thiago Carletto cobrando falta. Mas o Boca foi melhor no segundo, quando o Flu mostrou excesso de passividade. Aos 45 minutos, como prêmio pela ousadia e a mudança de postura, achou o empate com Santiago Silva e se classificou.

Daqui a pouco, na Vila Belmiro, o Santos decide a vaga com o Velez. Se passar, pega o Corinthians. Se der Velez, o time de Paulinho e Cássio -- e dos meus filhos -- vai medir forças com Libertad ou Universidad de Chile, outro jogo de hoje. Corintiano pode até despistar ou desmentir, mas vai torcer para os argentinos. E daí?

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