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sábado, 19 de maio de 2012

Drogba e Cech, os heróis do Chelsea campeão

De um lado, um Bayern histórico, tradicional, quatro vezes campeão europeu e ligeiramente favorito. Do outro, o milionário Chelsea a apostar na surpresa e no primeiro título.

Na decisão da Liga dos Campeões, agora há pouco no Allianz Arena, em Munique, mais uma vez prevaleceu a escola defensiva do Chelsea, nos pênaltis ( 4 a 3), depois de 1 a 1 no tempo normal e 0 a 0 na prorrogação.

O goleirão Peter Cech e o artilheiro Drogba foram os heróis da grande final. Em contraposição, Schweinsteiger, um dos melhores em campo, foi um dos vilões ao lado de Robben. Ambos desperdiçaram pênaltis.

No primeiro tempo, tudo conforme o script. Alemães no ataque à procura do gol e ingleses na defesa, outra vez sonhando e apostando com um contra-ataque fatal.

Taticamente, o Bayern optou pelo 4-3-3, com variação para o ainda mais ofensivo 4-2-4quando Muller se tornava atacante.

O Chelsea manteve a escola italiana do técnico Roberto di Matteo. Mesmo sem repetir o monobloco que eliminou o Barcelona. Preferiu o 4-4-2, com esporádicas variações para o 4-5-1, quando Kalou voltava para ajudar na marcação pela direita.

O Bayern teve mais posse de bola ( 60% contra 40%), mais finalizações (9 x 2), mais escanteios (8 x 0) e uma conclusão de Robben na trave após defesa de Cech. Tudo dentro das previsões de um esporte que não é ciência exata.

No segundo tempo o domínio alemão não foi tão ostensivo, mas também não diminuiu. Com mais movimentação, o Bayern emparedou o Chelsea, que não aproveitou a ampliação dos espaços para contragolpear.

Depois de chegar pelo menos três vezes com perigo, contra uma dos ingleses em contra-ataque, o Bayern só abriu o marcador aos 37 minutos com Muller, de cabeça, aproveitando levantamento de Schweinsteiger da esquerda.

Gol feito, o Chelsea, que já trocara o marcador Bertrand pelo ofensivo Malouda, foi ainda mais à frente com a entrada do centroavante Fernando Torres. E não poderia ser diferente!

Em vantagem, o Bayern tentou garantir o título ao colocar o zagueiro Van Buiter no lugar de Muller. Não conseguiu: aos 42 minutos,em escanteio da direita, aconteceu o gol de empate de Drogba, sempre ele, concluindo de cabeça, com força.

Na prorrogação, a tônica da decisão não mudou. Aos 2 minutos, o bom árbitro português Pedro Proença marcou pênalti claro de Drogba em Ribery. Contra o Barcelona, também em pênalti de Drogba, Messi perdeu. Hoje, não foi diferente; outro craque, Robben, bateu mal e parou no goleiro Cech.

Aos seis minutos, com o Bayern ainda abalado pela perda, Olich substituiu o contundido Ribery. Mesmo assim, quando voltou a ser empurrado pela torcida, retomou o domínio.

Como o Bayern não conseguiu marcar, principalmente porque já não tinha Muller e Ribery, e o Chelsea se defendeu com eficácia, a decisão foi para os pênaltis.

Nada de loteria! Como sempre, prevaleceram as competências (ou incompetências) técnica, física e emocional. O Bayern começou batendo. Lahm marcou, Mata parou em Neuer; Mario Gomez converteu, David Luiz também; o goleiro Neuer marcou, Lampard também; Olich parou em Cech, Ashley Cole empatou.

Nas cobranças decisivas, Schweinsteiger mandou no poste esquerdo e Drogba bateu com categoria para fazer 4 a 3. Virou herói ao lado de Cech, enquanto que, para muita gente, Schweinsteiger e Robben serão escolhidos como bodes expiatórios.

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