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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Política e Regionais para poucos

Por absoluta falta de divulgação, quase ninguém sabe que os Jogos Regionais começam hoje. Talvez porque já não interesse tanto para a população!

De novo, o prefeitão dá uma de bom samaritano e assume responsabilidade desnecessária. Pela terceira vez em apenas quatro anos, no mandato de Aidan Ravin, Santo André será a cidade-sede, agora da 56ª edição.

Quase às escondidas, sem a mínima visibilidade e com importância discutível, evento do Estado vai até o dia 14. São 30 municípios a disputar 22 modalidades. Infelizmente, para poucos!

Sinceramente, alguém sabia? Provavelmente, não! Hoje em dia, o evento não tem o glamour nem a credibilidade de antigamente. Fica restrito a atletas, dirigentes, família, parentes e amigos.

Portanto, deixou de ser um acontecimento capaz de mobilizar o cidadão comum para prestigiar e lotar arquibancadas de estádios, ginásios, pistas e piscinas. Torcida? Talvez nas finais. Se a anfitriã não voltar a dar vexame, triste rotina nos últimos tempos.

Poucos conseguem entender direito por que de novo em Santo André. Sabe-se que cidades como Cotia, Praia Grande e Caieiras, por exemplo, alegaram não ter interesse por causa do inchaço da Segunda Divisão.

Obviamente, falta-lhes melhor estrutura física para alojar e botar todo mundo pra competir. Ginásios poliesportivos e outros equipamentos esportivos decentes não são pra qualquer cidade.

Aí entra a "salvadora" Santo André, que, sem qualquer demérito, assume suas limitações com "humildade comovente" e vai compartilhar o evento com as vizinhas São Bernardo, São Caetano e Mauá.

Em 2009, supostamente por sugestão de um diretor com passagem meteórica pelo poder, o então recém-empossado prefeito assumiu a bucha mais para marcar presença e agradecer os padrinhos do PSDB do que por qualquer motivação esportiva e social.

No ano passado, novamente Santo André apareceu para salvar a pele de alguém e/ou daquela cidade - acho até que foi a São Caetano comandada pelo PTB -- que fugiu da raia na útima hora.

Lógico que isso só aconteceu porque a relação de, outro prefeito do PTB, com o governador Geraldo Alkmin era das melhores. E interesseira pela troca de favores.

Promoção do Estado, que agora investe R$ 330 mil (eram R$ 220 mil) na cidade-sede, perde credibilidade por absoluta falta de interesse ou condições de sediar competição tão tradicional quanto esvaziada.

Acho, até, que, assim como os Jogos Abertos, os Regionais poderiam ser promovidos em anos alternados e com outro formato, que motivasse e valorizasse todos os envolvidos, de atletas a munícipes.

Em abril, com apenas três meses de antecedência, bem a toque de caixa, Santo André pintou mais uma vez como opção parceira de interesses políticos do Estado e vai promover os Jogos. A troco de quê? Vai ganhar o quê?

Estranho, muito estranho! Lógico que Santo André tem mais estrutura que a maioria das cidades da primeira região. Mas pra quê ser anfitriã mais uma vez em quatro anos? Atualmente, nem força competitiva a cidade tem!

Paradoxal, ainda, é observar que, mesmo com competência profissional discutível e de exceção, a filosofia (com a qual concordo, desde que não se despreze o espelho do ídolo vencedor) parece mais voltada para a formação, a base, os eventos e a Educação Física. Enfim, o pouco que couber no orçamento irrisório, ridículo.

Mas, pra quê, se o esporte não é prioridade, muito menos o alto rendimento, sinônimo de alto investimento? A Santo André de hoje não é nada esportiva, muito menos competitiva.

É mera coadjuvante, mas se mete a agradar os donos do poder político ou algum maluco de plantão. Se ficar em quarto, atrás de São Bernardo, Santos e São Caetano, pode soltar foguetes.

Tá na cara! Lá atrás, o governador mandou e o prefeitão, boa gente mas que sempre tratou o esporte com descaso irresponsável, determinou que o secretário municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo faça cumprir. Que os servidores se matem!


Julho já chegou! Com ele, mais um capítulo nebuloso da troca de favores que não vai acrescentar nada ao esporte andreense. E não me venham com a velha história de legado.

Cidadão andreense não vai ganhar nada de novo. Não vai mudar em nada a situação de desrespeito com a qual, independente de partido, nos defrontamos há muito tempo.

Chefe do Executivo promete mas não cumpre. Pelo menos quando o assunto é esporte. Suas palavras desconexas e sem consistência são levadas pelo vento do desrespeito, do descaso de quem olha para o esporte com asco.

Promete secretaria e não apoia nem diretoria, embora os puxa-sacos e dependentes de sempre não assumam a verdadeira opinião. Promete investimento e corta orçamento.

Promete a" primeira grande reforma no Bruno Daniel" e dá de ombros pra quem acreditou no out-door em que se propunha a "cuidar da paixão andreense".

Prefeitão não olha com a devida atenção para o mundo esportivo, da formação ao alto rendimento, do social ao educacional, do futebol amador ao profissional, da infra-estrutura aos eventos. E agora promove Regionais para poucos!

Os homens comprometidos com o esporte andreense podem resolver dar as costas ao prefeitão. Nas urnas! Se bem que, pela semelhança de incompetências, ninguém garante que o possível sucessor seja menos ruim.

Nós, cidadãos, aceitamos ouvir propostas viáveis, senhores candidatos! Sem tapeação eleitoral! O plano de governo de Aidan Ravin já era uma enganação no palavreado pomposo, tão abrangente quanto superficial. A execução (ou não) é uma afronta, uma piada de mau gosto. Uma pena!

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