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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Santos, antes e depois de Léo, o incendiário

O Santos não eliminou o Velez Sarsfield por causa das diabruras do craque Neymar. Tampouco fez 1 a 0 no tempo normal e 4 a 2 nos pênaltis porque os toques mágicos de Ganso desequilibraram.

O Santos só vai enfrentar o Corinthians nas semifinais da Libertadores porque Muricy Ramalho colocou em campo, aos 30 minutos do segundo tempo, um lateral-esquerdo de 37 anos de idade.

Sim, o grande e favorito Santos só chegou à vitória dramática porque o veterano mas sempre utilíssimo Léo colocou fogo num jogo que até então era sinônimo de nervosismo, tensão e angústia, dentro e fora do campo.

Um duelo em que preponderavam a incrível dedicação defensiva do bom Velez (com um jogador a menos) e a paciência barcelonesa do Santos, que tocava e tocava bola de um lado para o outro, mas não conseguia penetrar e/ou concluir com a contundência de quem só sobreviveria se vencesse.

Mas tudo mudou no gramado e nas arquibancadas quando o pequenino Léo entrou ligadíssimo, tocando nas mãos dos companheiros, falando forte e incentivando seus companheiros a acreditar na vitória. Literalmente, pôs fogo no jogo. Um incendiário do bem!

Rápido, confiante e agressivo, não demorou para o "menino" brilhar. Aos 33 minutos, Léo tocou da esquerda para o lesionado Ganso e partiu em diagonal, pra dentro dos zagueiros; recebeu enfiada perfeita já na área, e, mesmo dividindo, tocou para Alan Kardec, que acabara de perder gol feito, concluir de pé esquerdo, no canto esquerdo.

Gol feito, Léo festejado e o Santos totalmente motivado para tentar a vitória. A Vila Belmiro foi à loucura, virou um caldeirão de emoções. O Santos tentou o segundo gol, mas não deu no tempo regulamentar; ficou para os pênaltis.

Estava 3 a 2 para o Santos quando Léo, que não é de bater pênalti mas não fugiu da raia ao ser consultado por Muricy, partiu para fazer o gol da classificação. Goleiro saiu para a direita e o menino de 37 anos bateu de pé esquerdo, com extrema categoria, no canto esquerdo. Indefensável!

Outra festa para Léo. Estava escolhido o homem do jogo, o herói da suada mas merecida vitória santista. Um prêmio para alguém que pode estar próximo de encerrar carreira mas superou inúmeros problemas particulares e colocou muitos jovens prepotentes e preguiçosos no chinelo.

Mais uma vez o torcedor santista se curvou à identificação e à dedicação exemplar de um operário sem a arte e a plasticidade técnica de Neymar e Ganso. Simplesmente, um guerreiro com brilho nos olhos e coração valente a pulsar na frequência máxima.

Assim se fazem um homem e um time campeão! Assim foi o Santos, antes e depois de Léo, o Grande. Que venha o Corinthians! Briga de cachorro grande! Lógico que sem favorito.

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